terça-feira, 26 de outubro de 2010

Indonésia: Erupção do vulcão Merapi faz 16 mortos e 13 feridos

terça-feira, 26 de Outubro de 2010

19:46

Pelo menos 16 pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas hoje na Indonésia devido à erupção do vulcão Merapi, na ilha de Java, confirmaram fontes oficiais.
Fontes do hospital Panti Nugroho, na cidade de Yogyakarta, confirmaram que 13 pessoas com ferimentos foram hospitalizadas e que um bebé de três meses morreu devido a um grave problema respiratório provocado pela inalação de cinzas vulcânicas.
Pelo menos outras nove pessoas, de idade mais avançada, foram também hospitalizadas por problemas respiratórios.
O vulcão Merapi entrou hoje em erupção, emitindo por três ocasiões nuvens de cinzas vulcânicas.
As autoridades indonésias ordenaram na segunda-feira a retirada de cerca de 19 mil pessoas que vivem num raio de 10 quilómetros, depois de terem elevado o nível de alerta para erupção iminente.
O vulcão Merapi, situado 26 quilómetros a norte da cidade de Yogyakarta, é um dos 129 vulcões indonésios ativos com maior actividade, entrando em erupção, em média, de quatro em quatro anos.
O vulcão, que entrou em erupção pela última vez em 2006, já tinha expelido na segunda-feira pequenas quantidades de lava que atingiram o rio Gendol.
Em 2006, o vulcão entrou em erupção depois de um terramoto em Yogyacarta e provocou uma nuvem de cinza e gás que causou dois mortos.

sábado, 9 de outubro de 2010

Censo da Vida Marinha revela 20 mil novas espécies

Investigação decorreu ao longo de dez anos e reuniu 2700 cientistas



2010-10-04
CienciaHoje
O primeiro Censo Mundial da Vida Marinha, apresentado hoje numa conferência em Londres (no Royal Institution of Great Britain), dá a conhecer 20 mil espécies até agora não registadas. Este estudo, que começou a ser realizado em 2000, com a fundação do Censo da Vida Marinha (Census of Marine Life - CoML), foi organizado com a finalidade de se tentar descobrir “o que viveu nos oceanos, o que vive e o que irá viver”. continua

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Colômbia: Vulcão que matou milhares em 1985 entra em actividade

sexta-feira, 1 de Outubro de 2010



O vulcão colombiano Nevado del Ruiz, que há 25 anos matou 23 mil pessoas, está novamente em actividade sísmica, registando desde quinta-feira 1100 movimentos, informou hoje o Observatório Vulcanológico e Sismológico de Manizales.

Segundo o organismo, a magnitude máxima registada foi 1.93 da escala de Richter e ocorreu às 05:26 de hoje (11:26, hora de Lisboa).
A actividade sísmica verificou-se na cratera Arenas, tendo aumentado a quantidade de dióxido de enxofre libertado para a atmosfera.
Habitantes das aldeias circundantes ao vulcão sentiram um forte cheiro a enxofre e, às primeiras horas da manhã, foi observada uma coluna de gás, de cor branca, sobre o cume do Nevado del Ruiz.
O Observatório de Manizales já alertou para o facto de o vulcão retomar "o seu nível de actividade anterior se aumentar o seu desequilíbrio".

A 13 de novembro de 1985, o vulcão Nevado del Ruiz entrou em erupção e causou uma avalancha de lava que soterrou o município de Armero, na província de Tolima, matando 23 mil pessoas.
Na altura, foi considerado o pior desastre natural da Colômbia.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

22 por cento das espécies vegetais estão em vias de extinção

2010-09-29
CienciaHoje

Em ano de biodiversidade, o estudo «Plants under pressure – a global assessment (The first report of the Sampled Red List Index for Plants)», publicado hoje, revela que mais de 20 por cento de espécies vegetais estão ameaçadas de extinção.
Maior parte das espécies ameaçadas são de florestas tropicais
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=45288&op=all#

 

O Jardim Botânico Real de Kew, o Museu de História Natural Britânico e a União Internacional para a Conservação da Natureza publicam esta primeira avaliação de espécies, onde se informa que as actividades humanas são responsáveis por 80 por cento da extinção em curso e que o habitat mais ameaçado é a floresta tropical.
No estudo, realizado ao longo de cinco anos, examinou-se uma amostra representativa das 380 000 plantas conhecidas em todo o mundo.
Das sete mil espécies analisadas, em representação de cinco grandes grupos de plantas (monocotiledónea, briófitas, pteridófitas, gimnospérmicas, legumes) 22 por cento foram classificados como «ameaçados». Desses, quatro por cento estão em «perigo crítico», sete em «perigo» e 11 por cento «vulneráveis».
Os investigadores explicam também que 33 por cento das espécies não são suficientemente conhecidas para que o seu estado de conservação possa ser caracterizado.
A maior parte das espécies ameaçadas são oriundas de florestas tropicais e de algumas ilhas a meio do Pacífico e do Atlântico, como a da Páscoa e das Bermudas, respectivamente.

Stephen Hopper, director do Jardim Botânico Real, considera que este estudo pode ser um instrumento essencial para “combater a perda de biodiversidade”.

«Plants under pressure – a global assessment» é publicado a algumas semanas da Convenção Sobre Diversidade Biológica, organizada pela ONU e que se realiza entre 18 e 20 de Outubro, em Nagoya (Japão).

Lesmas-do-mar mais eficientes na fotossíntese do que algas

Investigadores portugueses reportam processo evolutivo de cleptoplastos


2010-09-29
CienciaHoje
"Lesmas-do-mar movidas a energia solar" (fotografia: Bruno Jesus)
Investigadores portugueses descobrem que lesmas-do-mar fotossintéticas podem ser mais eficientes na fotossíntese do que as próprias algas que consomem. Já há muito tempo se conhece uma destas espécies com uma capacidade invulgar: guardar alguma da maquinaria das células das algas que consomem (os cloroplastos – as estruturas mais importantes para a fotossíntese) e mantê-los funcionais dentro das suas próprias células, produzindo assim parte do seu próprio alimento através da fotossíntese, tal como uma qualquer planta.

Este grupo de lesmas-do-mar, denominados sacoglossos, foi igualmente baptizado de “Lesmas-do-mar movidas a energia solar” (solar-powered seaslugs no original inglês). Até agora, conhecem-se no mundo 300 espécies e vivem todas em águas pouco profundas, associadas a algas verdes que frequentemente observamos nas praias.

O mais curioso desta associação é que não se trata de uma simbiose entre dois organismos, como acontece entre os corais e as microalgas que dentro deles vivem, mas entre um animal e um organelo celular de um vegetal – o cloroplasto – que não é digerido quando passa pelo tracto digestivo da lesma e se mantém funcional. Estas estruturas, “roubadas” às algas, passam a ter o nome de cleptoplastos.
Estes cleptoplastos podem produzir energia tal como o faziam na alga durante algumas semanas ou até meses, sendo portanto um bom complemento ao consumo das algas pelas lesmas. Num artigo publicado a semana passada, no «Journal of Experimental Marine Biology and Ecology», os investigadores portugueses Bruno Jesus, Patrícia Ventura e Gonçalo Calado reportam uma importante descoberta relacionada com as prestações destes cleptoplastos.

Estudando a espécie de lesma-do-mar Elysia timida e a alga de que se alimenta Acetabularia acetabulum demonstraram que o rendimento fotossintético em condições de luz alta, semelhante à do ambiente em que vivem, é maior nos animais que nas algas. De facto, nestas condições de luminosidade, os cloroplastos das algas entram facilmente num processo denominado fotoinibição, que baixa o rendimento do processo de fotossíntese.

Ao contrário, os cleptoplastos que estão nas células das lesmas, beneficiam de uma protecção de umas estruturas móveis, os parápodes – prolongamentos da pele do animal -, que se podem abrir ou fechar consoante a quantidade de luz ambiente, fazendo com que o processo e fotoinibição diminua. Além disso, foi também observado que estes animais tendem a afastar-se das zonas com luz alta, o que as algas não podem fazer. É como usar o melhor de dois mundos: fazer fotossíntese como uma planta, abrir ou fechar-se e mudar de sítio, como um animal, segundo as condições de luz.

A Elysia timida alimenta-se da alga Acetabularia acetabulum (fotografia: Bruno Jesus)
Inovação evolutiva

“É fascinante como um animal pode ser ainda mais eficiente fazer fotossíntese do que a alga a quem roubou a maquinaria!”, comentou Bruno Jesus, investigador do Centro de Oceanografia e primeiro autor do estudo. “Algures, no decorrer da evolução, esta associação terá sido fortemente benéfica para este grupo de lesmas-do-mar, provavelmente na colonização de águas pouco profundas. Embora este processo evolutivo esteja longe de ser entendido, é certamente uma lição a ter em conta que demonstra que as inovações evolutivas têm muito menos fronteiras do que “a priori” poderíamos pensar”, acrescentou.

Este trabalho é o primeiro resultado de um projecto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia chamado SymbioSlug, coordenado pelo Instituto Português de Malacologia e tendo como parceiro o Centro de Oceanografia, que pretende estudar a fisiologia desta curiosa relação entre animais e plantas, que até agora levantou mais perguntas que respostas.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Floresta portuguesa está a regenerar-se espontaneamente

Abandono da agricultura é apontado como causa principal

2010-09-24
CienciaHoje

Sobreiro é uma das espécies indígenas
A floresta portuguesa está a passar por um fenómeno de regeneração espontânea apontado hoje por especialistas da área como a forma “mais barata” de solução para o abandono do mundo rural e para as suas consequências gravosas, como incêndios florestais.
Afinal, dizem os peritos, a solução pode estar no próprio problema pois é o despovoamento e o abandono da agricultura tradicional que parecem estar a impulsionar esta “regeneração natural, com espécies indígenas de Portugal a brotarem espontaneamente por todo o lado”.

O fenómeno foi hoje abordado no final da conferência internacional que juntou durante quatro dias, em Bragança, cientistas de 46 países, numa iniciativa do grupo de ecologia da paisagem da IUFRO, a União Internacional de Organizações de Investigação Florestal.
Os desafios e soluções para as terras agrícolas abandonadas, como acontece nas regiões portuguesas do inteiro, mas também em toda a Europa, foi o tema do último simpósio.

As florestas autosustentáveis são a proposta dos investigadores Carlos Aguiar e Henrique Miguel Pereira para a transição.
“Mais do que plantar floresta de novo é cuidar da que está a nascer e está a nascer muita floresta por todo o lado. É uma boa política identificar onde essa floresta está a nascer e apoiá-la e cuidá-la, e é uma forma barata de o fazer”, defendeu Carlos Aguiar.

Espécies indígenas

A primeira medida para este investigador deverá passar por “apostar em apoiar esta regeneração natural de espécies indígenas de Portugal como os carvalhos, azinheiras e sobreiros, que está a surgir espontaneamente por todo o lado”.
O espaço para esta regeneração foi cedido justamente, segundo dizem, pelo abandono da agricultura e o despovoamento.

O reaparecimento destas espécies dar um contributo “a médio prazo” para haver menos fogos florestais em Portugal, na opinião de Henrique Miguel Pereira.
Este investigador, que já teve responsabilidades no Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) não entende “como é que o sistema de combate aos incêndios ainda não tomou como máxima prioridade proteger as zonas de regeneração florestal”.
Trata-se, garantem, de espécies mais resistentes e com potencial económico de produção de madeira ou outros bens como cogumelos, mas também de conservação da natureza.

Soluções não descartam agricultura

Henrique Miguel Pereira reconhece que esta “transição não é um sistema simples porque exige um envolvimento social e que haja uma visão partilhada pelos diferentes actores do que se pretende para o futuro destas regiões”.
As soluções teriam de ser adaptadas às diferentes realidades e, asseguram, que continuaria a haver espaço para a agricultura.
Sublinham, no entanto que “onze por cento da superfície de Portugal está acima dos 700 metros, onde o uso agrícola provavelmente não será recomendável”.
O que consideram que “não pode continuar a acontecer é o avanço do mato com uma série de problemas associados em termos de ocorrência de fogos, e desfavorável à biodiversidade”.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Conhecer o interior da Terra numa viagem a uma mina de sal

Iniciativa da Ciência Viva decorre até sexta-feira em Loulé


2010-08-10
CienciaHoje

Mina de sal-gema em Loulé, Algarve
Ir ao interior do Planeta Terra percorrendo um caminho de 230 milhões de anos em 230 segundos é possível esta semana no Algarve, descendo o elevador da Mina de Sal-Gema de Loulé. Até sexta-feira é possível visitar as centenas de galerias e câmaras da Mina de Sal-Gema, localizada no concelho algarvio de Loulé. Todos os anos, uma equipa de 18 pessoas extrai 40 mil toneladas de sal.


notícia completa 

terça-feira, 20 de julho de 2010

Associação de Professores de Biologia aponta erro no exame (2ªfase)

Hoje às 07:24

A Associação de Professores de Biologia considera que há um erro no exame de Biologia, realizado na passada sexta-feira, da segunda fase dos exames nacionais do ensino secundário.

João Oliveira, da Associação de Professores de Biologia e Geologia, João Oliveira, explica quais são as dúvidas suscitadas por esta pergunta de resposta fechada.

João Oliveira diz que existem termos neste exame como «exergónico» que não fazem parte do programa e que os estudantes podem desconhecer.
A Associação de Professores de Biologia considera que existem dúvidas científicas em relação a uma questão do exame de Biologia realizado sexta-feira por 25 mil alunos. O meio académico e a bibliografia especializada estão em clara dissonância com a solução proposta.

Por isso, a associação pede ao Ministério de Educação a anulação da pergunta. O GAVE (Gabinete de Avaliação do Ministério da Educação) diz estar a monitorizar a situação tendo consultado especialistas. Só hoje deverá haver resposta.

A associação considera ainda que por vezes são utilizadas expressões que não estão de acordo com os programas vigentes. Por exemplo, os termos «exergónico» e «soerguido», que são utilizados em contextos académicos restritos.
Consultar exame aqui
CRITÉRIOS

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pergunta do exame de Biologia pede algo que não é possível, afirma associação de professores

19.07.2010 - 17:20
Por Clara Viana

A Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia considera que uma das questões do exame da segunda fase desta disciplina, realizado na sexta-feira, suscita “muitas dúvidas científicas”, podendo mesmo não existir a associação que é proposta nesta pergunta.
Questionado pelo PÚBLICO, o Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação, responsável pela elaboração dos exames, afirmou que só amanhã poderá ter uma resposta. "Estamos a monitorizar a situação. Como habitualmente procedemos, em casos similares, vamos solicitar a especialistas, que não intervieram no processo de auditoria das provas, que se pronunciem sobre a matéria", explicitou o Gave.

Num parecer enviado hoje , a APPBG afirma que no conjunto a prova está “bem construída e contextualizada com o programa da disciplina”, mas considera que continuam a subsistir questões que levantam dúvidas. A mais grave diz respeito ao item 7 do Grupo IV: “a associação de processos de produção de ATP a mecanismos de hidrólise de polissacarídeos requerida suscita-nos muitas dúvidas científicas", afirma a associação, frisando a propósito que “o meio académico e a bibliografia especializada estão em clara dissonância com a resolução proposta”.

“Apesar dos processos catabólicos serem globalmente exoenergéticos, o processo solicitado (hidrólise de polímeros) não é possível de síntese de ATP”, conclui-se. As outras questões levantadas pela associação dizem respeito aos itens 7 do Grupo I e do Grupo II, relacionados com minerais e fungos. Apoiam-se “numa abordagem periférica do programa homologado”, afirma a associação, que acrescenta que a questão sobre os fungos é mesmo “susceptível de prejudicar os alunos”, uma vez que tem por base “interacções nos ecossistemas que incluem as micorrizas”, sendo que o programa “não prevê, objectiva e explicitamente, a referências a estas, nem neste nem noutro contexto”.

Por isso, a APPP recomenda a “necessária ponderação nos critérios de classificação deste item de forma a evitar possíveis injustiças”.

Entre as cinco disciplinas com média negativa na primeira fase dos exames nacionais do secundário figurou também de novo Biologia e Geologia, que funciona como prova para os cursos de Saúde. Com a excepção de 2008, a média nesta disciplina tem-se mantido abaixo de 10 desde há cinco anos anos, quando se estrearam os exames do novo programa implementado a partir de 2004.
Nesta disciplina, a média que resultou das classificações dadas pelos professores aos alunos internos, que são aqueles que frequentam as aulas o ano inteiro, foi de 14. No exame da primeira fase ficou-se pelos 9,8.

Formação de professores

Será que “a formação inicial e contínua de professores é coerente com as exigências modernas do ensino das ciências sustentado em metodologia investigativa?”, questiona a associação, lembrando que, nos últimos anos, “o financiamento da formação contínua de docentes não tem contemplado as ciências experimentais, estando centrado nas Tecnologias de Informação e Comunicação!”.

A APPBG chama a atenção para o facto de cinco anos de provas escritas de Biologia e Geologia já constituírem “um manancial de informação digno de reflexão”. Importa saber as razões pelas quais os resultados têm sempre ficado “aquém do expectável, traduzido em médias baixas e sistemáticamente inferiores a cem pontos [numa escala de 1 a 20, abaixo de 10] ” e na discrepância entre as classificações internas finais [atribuídas pelos professores no final das aulas] e as classificações de exame.

Segundo a associação, “apesar de globalmente correcta, a estrutura dos exames também “carece de intervenções pontuais”, nomeadamente assegurando que os itens das provas tenham “uma formulação objectiva e inequivocamente enquadrada nos programas homologados da disciplina”. Por outro lado, acrescenta, “sem comprometer o rigor científico, deveria existir um conjunto de itens que permitisse aos alunos com competências básicas na disciplina alcançar a classificação de 10 valores”. Deste modo, possibilitava-se “a utilização do exame como prova de ingresso no ensino superior, ao invés de se constituir como factor de exclusão”.
Esta situação repetiu-se na prova da segunda fase, já que, refere a APPBG “reúne um conjunto de questões que um aluno que só domine as competências básicas definidas para a disciplina, muito dificilmente atinge com classificação positiva nesta”.
 
Tanto se fala sobre os exames de Biologia-Geologia do 10/11º, a minha modesta opinião é a seguinte:
 
Os programas novos de BG10/11 ensino secundário (10º- início em 2004-2005) foram feitos com «remendos» dos anteriores.
Alguns conteúdos (poucos) foram feitos de «pano novo», outros foram apenas «alinhavados», outros «mal cosidos» , outros ainda ficaram nas «costuras» ( estão lá, mas só os vê quem os conhece) e pior ainda alguns foram parar ao cesto dos «retalhos» que são bons mas só os aproveita quem souber da arte.
Perante este cenário de «alta-costura virtual», importa que quem anda a fazer os exames tenha a humildade suficiente de «provar a saia» que lhe obrigam a vestir ou, se não gosta, deve propor a alteração dos «trapos»  (ou melhor dos programas) para torná-los mais realistas capazes de serem «vestidos»  pelos comuns mortais dos nossos alunos. Porque «pano para mangas» há... e sobra...
 
A «costureira» de serviço: m.c.lameiras

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Galinha surgiu antes do ovo... mas a polémica continua !!!!

O assunto na aula de Biologia virou para a evolução do Homem. Análise de dados bioquímicos, tais como comparação de moléculas de DNA e de proteínas têm permitido traçar árvores filogenéticas como a representada na figura seguinte.
 
A árvore filogenética ilustrada na figura relaciona primatas atuais e seus ancestrais.
Gráfico do Enem mostrando a evolução humana
 
Questão 1.
Após observar o material fornecido pelo professor, os alunos emitiram várias opiniões, a saber:
I- os macacos antropóides (orangotango, gorila e chimpanzé e gibão) surgiram na Terra mais ou menos contemporaneamente ao Homem.
II- alguns homens primitivos, hoje extintos, descendem dos macacos antropóides.
III- na história evolutiva, os homens e os macacos antropóides tiveram um ancestral comum.
IV- não existe relação de parentesco genético entre macacos antropóides e homens.
 
Analisando a árvore filogenética, pode concluir que:
a) todas as afirmativas estão corretas.
b) apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
d) apenas a afirmativa II está correta.
e) apenas a afirmativa IV está correta.
 
Selecione a letra da opção correta
 
 
 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Parques nacionais africanos perderam 60 por cento dos mamíferos de grande porte


Zebras e girafas estão entre as espécies mais ameaçadas
CienciaHoje
2010-07-13

A população de mamíferos de grande porte decresceu, em média, 60 por cento nos parques nacionais de África nos últimos 40 anos, revela um estudo divulgado ontem na revista “Biological Conservation”.


O grupo de cientistas responsável pela investigação frisou que em certas áreas protegidas, como Masai Mara (Quénia) ou Serengeti (Tanzânia), não estão a ser preservadas espécies de mamíferos como leões, girafas ou zebras, que se mantêm ameaçadas pelos caçadores furtivos.
O problema é especialmente grave no oeste africano, onde as populações de mamíferos se reduziram em 85 por cento, de acordo com o estudo do grupo de peritos da Sociedade Zoológica de Londres e da Universidade de Cambridge.

Os investigadores acreditam que os países do oeste africano são mais vulneráveis e têm menos recursos para enfrentar a ameaça dos caçadores, que se dedicam ao comércio da carne dos animais selvagens.
Do outro lado do continente, na zona este, existem parques nacionais visitados anualmente por milhares de turistas, onde o número de mamíferos de grande porte se reduziu para quase metade.
Tudo isto deve-se, explicam os investigadores, ao aumento do número de pessoas a viver nesta zona, contribuindo para uma devastação dos recursos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cinco exames nacionais com médias negativas

Cinco disciplinas registaram este ano na primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário uma média abaixo dos 10 valores, mais uma do que em 2009, estando Fisica e Química A e Biologia e Geologia entre as repetentes.

De acordo com o mapa de resultados divulgados esta quinta-feira pelo Ministério da Educação, aqueles dois exames, com uma média de 8,1 e 9,6 valores, respectivamente, bem como o de Geometria Descritiva A (8,2 valores), registaram uma média abaixo dos dez valores, à semelhança do sucedido no ano passado.

Aliás, Física e Química A regista a média mais baixa (8,1 valores) entre os 24 exames, mantendo-se com resultados negativos pelo quinto ano consecutivo.
...
Comparando a CIF com as médias dos alunos internos nos exames, verifica-se uma diferença de mais de quatro valores a disciplinas como Biologia e Geologia (14/9,8) e a Física e Química A (13/8,5).

terça-feira, 6 de julho de 2010

Observações ao Microscópio Óptico

Epiderme da cebola corada com Azul de Metileno (M.O_Zarco)
(ensaio prof.)

 
Epiderme da cebola corada com Vermelho Neutro (M.O_Zarco)
(ensaio prof.)



terça-feira, 29 de junho de 2010

Genoma do piolho decifrado

Sobrevivência do insecto depende do ser humano

CienciaHoje
2010-06-22

Uma equipa internacional de investigadores decifrou o genoma do piolho, companheiro inseparável do ser humano há milhões de anos, revela um estudo que traz novas informações sobre a biologia humana e a deste insecto.

De acordo com a Proceedings of the National Academy of Sciences, onde foi publicado o artigo, a sobrevivência deste parasita, que mede de dois a três milímetros de comprimento, é totalmente dependente dos humanos, sendo que o insecto desapareceria da Terra se estivesse separado dos homens por muito tempo.

O corpo do piolho apresenta "o menor número de enzimas de desintoxicação observadas em qualquer outro insecto", revelou John Clarck, investigador da Universidade de Massachusetts e um dos autores do estudo.
Este número reduzido de enzimas de desintoxicação faz com que o organismo do piolho seja potencialmente promissor para o estudo da resistência aos insecticidas e outros mecanismos de defesa.

Os autores do estudo decifraram, ainda, o genoma de uma bactéria que vive no corpo do piolho, a Candidatus riesia pedicullicola.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Europa corre o risco de escassez de minerais "fundamentais"

CE identificou 14 matérias-primas
CienciaHoje
2010-06-21


Volfrâmio com um pouco de quartzo.(Minas da Panasqueira - Portugal)

«A Comissão Europeia (CE) identificou 14 matérias-primas minerais, consideradas “fundamentais” para a indústria europeia, que se encontram em risco de escassez. Para tal, já foram propostas medidas de como fomentar a investigação de substitutos e a reciclagem de produtos.



De 41 minerais e metais estudados por especialistas europeus, os 14 tidos como “fundamentais” são: o antimónio, berílio, cobalto, gálio, espato-flúor, germânio, grafita, índio, magnésio, nióbio, metais do grupo da platina, terras raras, tântalo e o volfrâmio.

Segundo a CE, estes elementos são essenciais para produtos de alta tecnologia e de consumo diário, como para a criação de telemóveis, baterias de lítio, cabos de fibra óptica, células fotovoltaicas e combustíveis sintéticos. Para Bruxelas, “uma matéria-prima fundamental é aquela que quando o risco de escassez de abastecimento provoca implicações na economia”.

A CE prevê que a demanda de determinados produtos possa triplicar até 2030. O risco de subministro de “matérias-primas fundamentais” deve-se à crescente demanda das economias em desenvolvimento e de novas tecnologias emergentes.

Grande parte da produção mundial provem de poucos países, como a China, no caso do antimónio, do espato-flúor, gálio, germânio, grafita, índio, magnésio, terras raras e volfrâmio; a Rússia, para a platina; a República Democrática do Congo, para o cobalto e tântalo e o Brasil para o nióbio e tântalo.»

Associação de professores faz reparos ao exame de Biologia e Geologia

Apesar de considerar prova "equilibrada"


Associação de professores faz reparos ao exame de Biologia e Geologia

A prova escrita de Biologia e Geologia do 11º ano, realizado na passada quinta-feira, foi “equilibrada” e “contextualizada com o programa” sustenta um parecer da Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia, enviado hoje ao PÚBLICO. Mas a associação fez reparos a seis questões. O Ministério da Educação diz que não há razões para alterar critérios.

A discussão sobre as questões e propostas de correcção do exame por parte de professores, pais e alunos está patente na caixa de comentários do PÚBLICO da notícia “Houve uma errata mas o problema em Biologia até pode ser o Português”, e até já teve direito a uma petição e a um grupo no Facebook.


A associação de professores deu agora um parecer sobre o exame, referindo que “globalmente a prova pareceu equilibrada, contextualizada com o programa (…) e apresentando um tamanho adequado à duração proposta.” Em relação às dúvidas, das 29 questões, houve reparos a seis. As mais graves foram referentes a questões sobre ciências da Terra.

No grupo I, com questões desenvolvidas a partir de um enunciado que descreve um caso de uma região de Portugal que tem dois granitos diferentes, a associação critica duas questões. A pergunta 2, de resposta múltipla, obrigava a identificar a diferença e a semelhança entre os granitos. A textura, que em geologia refere-se aos diferentes constituintes de uma rocha, seria uma das diferenças. Mas segundo a associação, “apesar de um ponto de vista petrológico” a diferença ser evidente no texto, os “examinados, balizados pelos conceitos claramente enunciados pelo programa [da disciplina], facilmente indiciariam idêntica textura em ambos”.

A pergunta quatro do mesmo grupo também causou críticas. Nesta questão pedia-se para explicar em que é que as fortes amplitudes térmicas eram responsáveis pela erosão física que causa um fenómeno geológico chamado “pedras parideiras”. Na proposta de correcção é exigido que se mencione o “efeito da crioclastia, quando o que é perguntado é apenas qual o efeito das variações da temperatura”, escreveu num comentário Luísa de Lisboa, a criticar o exame.

A leitora defendeu que a variação de temperatura “remete para a termoclastia” e que não há indicações que seja “necessário mencionar o gelo”. Paula Canha, professora da Escola Secundária de Odemira, defende que “um aluno pode explicar perfeitamente [o fenómeno] por acção das amplitudes térmicas sem referir que a água congela nas fracturas”, explicou ao PÚBLICO por email. A associação de professores refere simplesmente que o fenómeno não é explicado pelo aparecimento de fracturas nas rochas – que está na proposta de correcção.

Na pergunta 7 do grupo III, onde se pedia para colocar em sequência fenómenos que aconteceram durante a formação da Terra, há mais críticas. “Basta trocar uma letra em 7, de duas ordens bastantes discutíveis”, para se ter a resposta mal, argumentou um leitor anónimo. Neste caso a associação concede a mesma crítica explicando que três das sete frases descrevem fenómenos “interligados e simultâneos”.

Relativamente à Biologia, a maior crítica diz respeito à pergunta 6 do grupo II onde é necessário relacionar o fitoplâncton à produção primária de biomassa para se ter a questão de resposta múltipla correcta. Esta expressão, apesar de estar certa, “não surge patente no programa da disciplina”, diz o parecer. Neste caso Paula Canha discorda, explicando que o conceito de biomassa é sempre igual em qualquer contexto. “Os alunos devem perceber porque é que o fitoplâncton produz biomassa, no fundo é perceber a importância da fotossíntese para os ecossistemas”, diz.


Gave não altera

Houve mais dois reparos em todo exame, um sobre uma gralha no texto do grupo IV que não tinha consequência nas respostas e outro na representação do eixo do rifte na figura 6 do grupo III. Quanto à parte do exame que causou mais polémica devido a haver uma correcção durante a prova – respeitante ao texto e esquema de arranque do grupo II sobre o ciclo de vida de um grupo aquático pouco conhecido chamado rotíferos – a associação não fez qualquer menção.

Segundo o Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação (GAVE) esta errata não chegou a 260 alunos, de entre 38795 que realizaram o exame. Apesar do GAVE salientar que a “ausência da nota não tinha implicações na resolução do item”, algo que Paula Canha também concorda, o gabinete vai “monitorizar rigorosamente a classificação das provas dos alunos que não receberam a errata”, explicou ao PÚBLICO, por email, uma das assessoras de imprensa do ME. Quanto às críticas aos critérios de correcção, o Gave afirma que respeita a nível científico a opinião da associação de professores mas aponta que é o programa da disciplina o único referente para a elaboração dos exames. Por isso “não há razões objectivas e fundamentadas para proceder a qualquer alteração dos critérios de classificação.”


Há ainda uma crítica mais geral, patente nos comentários, sobre a disparidade do nível de dificuldade dos exames que Paula Canha concorda. “O grau de dificuldade dos testes intermédios e exames deveria ser semelhante e não é”, assim como “o grau de dificuldade dos exames, de ano para ano, não é consistente.” A professora é da opinião que o exame pode ter uma estrutura “que permita que os alunos que estudaram e sabem a matéria tenham uma positiva, mas simultaneamente ter um lote de questões que permitam distinguir aqueles alunos que chegam mais longe”.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Exame BIOLOGIA-GEOLOGIA-10/11

Houve uma errata mas o problema em Biologia até pode ser o português

Público
18.06.2010 - 07:37 Por Clara Viana

"É uma das provas necessárias para entrar nos cursos de Saúde e por isso uma das mais concorridas do ensino secundário. Opiniões recolhidas entre alunos dão conta que o exame de Biologia e Geologia do 11.º ano, realizado ontem, correspondeu à matéria que foi trabalhada nas aulas e decorreu sem percalços de maior.

Um erro na impressão do enunciado da versão 2 da prova levou, contudo, a que fosse necessário entregar uma errata aos alunos. O Ministério da Educação admite que, na parte inferior da figura 3 - uma representação esquemática do ciclo de vida de um rotífero - faltava "um carácter relevante para a resposta dos alunos", mas frisa que a questão ficou resolvida com a entrega da errata, "não decorrendo qualquer perturbação na compreensão da questão em causa e da sua resolução". A versão disponibilizada na página do Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) é já a prova corrigida.

Para o exame de Biologia e Geologia estavam inscritos 57.048 alunos. Quase 18 mil não compareceram, o que representa 31 por cento do total. Em 2009, a percentagem de estudantes que faltou à primeira fase desta prova também foi de 31 por cento. Nos últimos quatro anos, a média no exame só foi positiva em 2008: chegou aos 10,5. Pior que Biologia só Física e Química, que é a segunda prova mais concorrida do secundário, mas onde a média em exame não foi ainda além do 9,3 nestes anos.

Qualidades que definham

Num artigo publicado ontem no especial exames nacionais 2010, que pode ser seguido em www.publico.pt/, Paula Canha, professora de Biologia do ensino secundário, afirma que "a falta de preparação dos alunos na língua portuguesa" é a "principal causa deste insucesso". Um sobressalto é o que provoca, no mínimo, o diagnóstico que esta docente traça dos estudantes e da escola: "Muitas vezes os alunos não compreendem os dados dos problemas, não sabem relacioná-los e/ou não conseguem comunicar por escrito de forma eficaz. De uma forma seca e dura, muitos alunos lêem mal e escrevem pior. Acrescentaria a este diagnóstico a falta de agilidade mental e de espírito crítico. São qualidades que, na escola, frequentemente definham gradual e silenciosamente, a par com outra grande qualidade de um cientista: a curiosidade."


Estou plenamente de acordo!

sábado, 15 de maio de 2010

Descobertas ilhas submersas há milhões de anos no Caribe

Cientistas alemães recolheram fósseis de animais e plantas marinhas que comprovam o achado

2010-05-11
CienciaHoje
Um grupo de cientistas alemães descobriu no mar do Caribe, na costa da Colômbia e da Venezuela, várias ilhas submersas há milhões de anos, a uma profundidade de 800 a mil metros.

Os especialistas da Universidade de Greifswald, na Alemanha, trouxeram à superfície restos fossilizados de corais, conchas, caracóis e algas vermelhas que extraíram com cestos especiais através de varrimentos ao fundo marinho.

Todos os animais e plantas marinhas apenas se encontram em águas superficiais muito iluminadas. O porta-voz da universidade acrescentou ainda que a descoberta de uma pedra de basalto demonstrou que os montes submarinos foram antigamente ilhas das Caraíbas.



Mar do Caribe terá sido "uma bola no jogo das placas continentais americanas"
 

“O resultado surpreendeu-nos muito e demonstra que o mar do Caribe foi há milhões de anos uma bola no jogo das placas continentais americanas”, explicou o investigador Martin Meschede.

O cientista acrescentou ainda que a investigação, desenvolvida nos passados meses de Março e Abril, tinha como objectivo recolher amostras dos sedimentos do fundo do mar em águas profundas da costa da Venezuela e da Colômbia.
No entanto, os resultados das investigações indicam que há 80 ou 90 milhões de anos produziu-se um grande fluxo de basalto que deu lugar à elevação de um planalto sobre a superfície marinha.

Teoria de único antepassado comum comprovada

No livro «A Origem das Espécies», publicado há 151 anos, o naturalista inglês Charles Darwin defendia que todos os seres vivos compartilham uma herança genética de um único antepassado remoto comum (universal common ancestor - UCA). Esta ideia é um dos pilares da teoria da evolução.

A partir desse único organismo ancestral a vida diversificou-se nas múltiplas formas que hoje povoam a Terra. Para testar esta teoria, fez-se agora um estudo estatístico em grande escala, cujos resultados estão publicados na revista «Nature». O estudo confirma que Darwin estava certo.


Árvore da vida proposta por Darwin em
 «A origem das Espécies»

Desde Darwin que muitos biólogos têm recolhido evidências desta teoria. No entanto, hoje, muitos cientistas questionam se as relações evolutivas entre os organismos se descrevem melhor com uma única «árvore genealógica» ou com uma rede de múltiplas árvores evolutivas conectadas entre si como uma espécie de teia de aranha. Desta forma, a vida poderia ter-se expandido de forma independente a partir de um número indeterminado de ancestrais e não apenas um.
O bioquímico Douglas Theobald, da Brandeis University, Massachusetts, autor principal do estudo, admite que a teoria do UCA permite dizer que a vida surgiu de forma independente em várias ocasiões. Mas se assim foi, ter-se-á se produzido uma espécie de gargalo na evolução, que permitiu a sobrevivência até ao presente dos descendentes de apenas um dos organismos independentes originais.
Outra hipótese é que tenham emergido populações separadas. No entanto, através do intercâmbio de genes ao longo do tempo, estas converteram-se em uma única espécie que foi o antepassado de todos nós. Em ambas as hipóteses todos os seres vivos estão relacionados geneticamente.
Através de rigorosas fórmulas estatísticas, o investigador estudou os vários modelos existentes. Os resultados inclinam-se para a hipótese do único antepassado comum. A UCA é 102 860 vezes mais provável do que a hipótese dos vários ancestrais.

No seu trabalho, o bioquímico seleccionou 23 proteínas comuns a todo o espectro taxonómico, mas cujas estruturas diferem de umas espécies para outras. As proteínas escolhidas são de 12 espécies diferentes, quatro por cada um dos três domínios (ou super-reinos) da vida: Bacteria, Archaea e Eukariota.

O investigador preparou simulações informáticas para avaliar as probabilidades dos diferentes cenários evolutivos para produzir esta série de proteínas. Os modelos com um único antepassado comum explicaram melhor os dados. Esse antepassado complexo devia parecer-se, acredita o autor, com espuma, habitando as margens do oceano ou as chaminés geotermais.

CienciaHoje
Artigo: A formal test of the theory of universal common ancestry

Governos não conseguiram travar perda de biodiversidade

ONU alerta para consequências do não cumprimento dos objectivos propostos na Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável

CienciaHoje
2010-05-11

O objectivo estabelecido em 2002, na Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Joanesburgo), para que até 2010 houvesse uma redução significativa da taxa de perda de biodiversidade a nível mundial, regional e nacional não foi cumprida.
Esta é a conclusão apresentada agora pela Organização das Nações Unidas (ONU) no seu terceiro relatório sobre a diversidade biológica.
O relatório «Perspectiva Mundial sobre a Diversidade Ecológica» (GBO-3) foi dado a conhecer ontem em Nairobi por Achim Steiner, director do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Sublinha-se aqui a falta de cumprimento por parte dos governos dos requisitos que garantam um desenvolvimento sustentável.
O conceito de «biodiversidade» definiu-se na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) como “a variedade de organismos vivos de qualquer origem, incluindo os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos, bem como os complexos ecológicos de que fazem parte. Isto inclui ainda a diversidade dentro de cada espécie, entre as espécies e nos ecossistemas”.
continua

Primeiro ninho de flamingos confirmado em Portugal

Lagoa dos Salgados, no Algarve, foi local escolhido pela ave


Pode ser primeiro caso de reprodução de flamingos de sucesso
 (Foto: Guillaume Réthoré)
A Lagoa dos Salgados, um dos sítios mais importantes do Algarve para a conservação das aves, tem a partir de agora mais um motivo de interesse: foram observados flamingos a nidificar, estando neste momento a incubar os ovos. A registar-se o sucesso da reprodução, será o primeiro caso confirmado em Portugal de nidificação desta espécie emblemática, e mais um factor decisivo para a protecção da Lagoa dos Salgados.
O Flamingo (Phoenicopterus roseus), ave pernalta de cor rosa, é uma das espécies que mais chama a atenção aos observadores. A espécie chegou a estar ameaçada, mas um enorme esforço de conservação em vários países resultou na recuperação das populações, que agora embelezam lagoas, salinas, estuários ou sapais do Sul da Europa e do Norte de África. É uma ave relativamente comum no Inverno nas zonas húmidas litorais desde o estuário do Tejo até ao Algarve, no entanto só por uma vez foi registada a tentativa de nidificação no pais, nos sapais de Castro Marim, na década de 1980.
A Lagoa dos Salgados é uma lagoa costeira entre os concelhos de Albufeira e de Silves, e que até à data não tem nenhum estatuto de protecção legal. É no entanto um sítio de grande interesse, constantemente visitado por observadores de aves e turistas nacionais e estrangeiros, que não prescindem de uma visita a este local onde se podem observar dezenas de espécies de aves.

Devido às suas populações de aves, o local atinge os critérios internacionalmente aceites para ser considerada uma Área Importante para as Aves (IBA) pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e pela BirdLife International, e como tal a SPEA defende a classificação da lagoa como Zona de Protecção Especial (ZPE). Para o efeito, a sociedade tem vindo a alertar para a necessidade de implementar medidas de gestão que ajudem a resolver as ameaças a este local, nomeadamente a perturbação pelos visitantes, a presença de cães vadios e uma correcta gestão do nível de água da lagoa.

Este ano, foram tomadas medidas pela Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve para regular o nível de água da lagoa, de modo a evitar episódios de destruição dos ninhos de diversas espécies de aves, que infelizmente têm acontecido nos anos anteriores. O resultado é positivo, para já, esperando-se que estas medidas tenham continuidade. Várias espécies importantes a nível da União Europeia, como o Flamingo, o Alfaiate e o Pernilongo, encontram-se em plena época de nidificação.

Para Luís Costa, director executivo da SPEA, “ainda é cedo para dizer com certeza se teremos pela primeira vez em Portugal um caso de sucesso de reprodução de flamingos, mas é imprescindível proteger o local de forma eficaz e gerir o nível de água de forma precisa, sem grandes variações, durante a época crucial da Primavera”.

 CienciaHoje

Rara espécie de abelha cria 'flor-sanduíche' para larvas

2010-05-11
Ciencia Hoje


Uma rara espécie de abelhas solitárias cria o seu ninho de forma semelhante a um bouquet primaveril, segundo avança um novo estudo. O ‘arranjo’, designado de ‘flor-sanduíche’, tem três camadas: uma de pétalas no exterior; em seguida, uma camada de lama e, finalmente, outra camada também de pétalas que revestem o interior da célula, segundo explicou o líder da investigação, Jerome Rozen, curador do departamento Zoologia de Invertebrados, no American Museum of Natural History, de Nova Iorque (EUA).

O comportamento de nidificação colorido da Osmia avosetta foi descoberto no mesmo dia, por uma rara coincidência, por equipas da Turquia e do Irão, onde esta espécie é mais abundante. “Foi em absoluta sincronia que descobrimos este comportamento incomum”, revelou Rozen.

Praga de rãs causa pânico na China por medo de terramoto

Investigadores ingleses publicam estudo onde garantem que os sapos podem prever sismos

2010-05-11
Por Bárbara Gouveia
Segunda invasão de rãs em menos de uma semana
assusta chineses
Duas invasões de rãs em menos de uma semana foram suficientes para causar o pânico na China. Segundo um jornal de Pequim, os chineses acreditam que as migrações destes anfíbios precedem um movimento de terras.

A última praga aconteceu perto de um lago no distrito de Jiangnin, na cidade de Nankín, quando cem mil rãs de menos de dois centímetros de comprimento invadiram as ruas, dirigindo-se em grupo na mesma direcção.
No passado 5 de Maio, outra invasão: dez mil rãs na província de Sichuan, onde se registou o sismo de 2008, provocaram um alarme idêntico na população.
Continua

Júpiter perde uma risca



Cinturão Equatorial do Sul desaparece pela terceira vez e deixa cientistas sem resposta

2010-05-13
CienciaHoje

Parece um truque de magia mas as fotografias não enganam. Júpiter perdeu uma das suas características riscas. Os cientistas não sabem a causa para o estranho fenómeno, mas supõem que tem a ver com o clima particular do quinto planeta do Sistema Solar.

Lagartos da Martinica «fogem» a Darwin

Cientistas descobrem que espécie da Martinica evoluiu separadamente e voltou a cruzar-se

Os lagartos da ilha Martinica, no mar do Caribe, são uma excepção na lei de Darwin.

Apesar de os seus ancestrais terem vivido separados durante milhões de anos, este animais continuam a ser geneticamente compatíveis, ou seja, são considerados apenas uma espécie de acordo com o conceito clássico.

A descoberta, publicada na PLoS Genetics, apresenta a excepção à regra que Darwin formulou na sua mítica visita às ilhas Galápagos.

Durante a viagem a bordo do Beagle, Charles Darwin usou como exemplo o tentilhão (um pássaro de pequeno porte) para abordar a teoria de como surgem as espécies.

As diferentes linhagens que viviam em ilhas separadas iam acumulando diferenças durante muitas gerações ate um ponto sem retorno. Se esses pássaros tinham evoluído separadamente durante milhares de anos se voltassem a encontrar-se, não poderiam ter descendência porque já não seriam a mesma espécie.

Esta especificação por isolamento geográfico continua a ser uma forte corrente na biologia e genética no mundo. Contudo, como em qualquer outra teoria, há excepções.

Ilha laboratório

A Martinica é um laboratório perfeito para poder provar-se esta teoria. Há oito milhões de anos a ilha francesa estava separada em quadro troços de terra, quando chegaram os actuais ancestrais do Anolis roquet.
A equipa de Roger Thorpe, da Universidade de Bangor, no Reino Unido, analisou amostras de tecido recolhidas da cauda de centenas de lagartos de toda a ilha, desde os que vivem nas praias paradisíacas aos que habitam nas zonas mais rochosas e áridas.

As análises ao DNA dos tecidos comprovaram que todos os lagartos descendem de quatro linhagens que habitam cada um dos fragmentos em que estava dividida a ilha.
Quando analisaram o número de alterações genéticas no genoma dos animais, os cientistas descobriram que não havia diferenças suficientes para serem considerados espécies diferentes, já que, ao longo da história e após as erupções vulcânicas que juntaram os troços da Martinica, as populações cruzaram-se.
Assim, as diferentes populações que hoje habitam a ilha são mais diferentes entre si do que as populações originárias que viviam separadas.
 http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=42521&op=all

domingo, 18 de abril de 2010

Erupção de vulcão na Islândia provoca caos aéreo na Europa

Vulcão da Islândia afecta saúde pública, traz perigos geológicos e confunde reactores de aviões

CienciaHoje


"Um vulcão na Islândia, situado no meio da geleira Eyjafjallajokull, que estava adormecido a mais de 200 anos e que no mês passado lançou fumaça, entrou em erupção e causou um caos aéreo no norte da Europa.

A erupção teve que romper mais de 200 metros de gelo, arremessou lavas a mais de 10km de altura e destilou uma fumaça que é composta por silício, material que derrete as hélices das turbinas doas aviões que permaneceram em terra devido ao risco." continua aqui

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tragédia na Madeira: Um desastre já anunciado há dois anos





Genoma da trufa negra sequenciado

Investigadores querem conhecer melhor fungo que vale centenas de euros


CienciaHoje
2010-03-29

Iguaria muito usada na gastronomia francesa e italiana

..."Os investigadores foram especialmente motivados pelo seu valor comercial e cultural. O estudo tem por objectivo conhecer melhor este organismo e lutar contra a fraude. Os resultados aparecem publicados na «Nature».

A trufa negra (Tuber melanosporum) vive em simbiose com uma árvore e é, geralmente, encontrada junto de um carvalho ou de uma aveleira. Debaixo da terra, os seus filamentos misturam-se com as raízes da árvore, insinuando-se entre as células das ramificações e assim vai-se formando o estranho fruto. A simbiose processa-se de forma mútua: a trufa ajuda a árvore a aproveitar os nutrientes do solo e a árvore fornece açúcar através da fotossíntese."
ler aqui

domingo, 28 de março de 2010

Copérnico é o pai da Geologia

Estudo publicado na «Geology» atribui ciência ao astrónomo polaco

2010-03-28
CienciaHoje
Por Marlene Moura


Copérnico foi o primeiro a pensar na Terra como planeta

A história da Terra é longa, mas “muitos geólogos pensam na Geologia como uma ciência jovem que surgiu por volta de 1800, dois séculos após a Revolução Copérnica, em astronomia e física, é que se eleva a ciência moderna”. Dois investigadores, um português (Henrique Leitão)e um norte-americano, atribuem agora o início da viagem da Geologia como ciência a Copérnico, há mais de 500 anos, num estudo publicado na revista «Geology» – que já tem ecoado em vários meios de comunicação internacionais.

Ficou registado que a palavra foi usada pela primeira vez pelo naturalista italiano Ulisses Aldrovandi (século XVI), que se interessava especialmente por botânica, zoologia e Geologia – aparentemente, quem deteve a “invenção” ou que escreveu pela primeira vez o nome –, sendo introduzida de forma definitiva por Horace-Bénédict de Saussure em 1779 (século XVIII). continua

O Delta do Nilo está a afundar

Mais uma vez a barragem de Assuão a ser notícia....


Rio Nilo


Delta do rio Nilo (Imagem: Nasa)

2010-03-24
O Egipto celebra, este ano, o 50º aniversário do início da construção do Aswan High Dam – uma maravilha da engenharia que, segundo alguns cientistas, poderá contribuir para uma catástrofe ambiental e levar milhões de habitantes a abandonar o delta, explica a última edição da «Science».

O Aswan High Dam é uma das maiores represas do mundo, no Nilo, no sul do Egipto, construída para controlar a água, armazená-la para tempos de seca e está equipada para fornecer energia hidroeléctrica.

O pior que está a acontecer é a erosão costeira, a subsidência (processo de rebaixamento da superfície terrestre, com amplitude regional a local, por causas tectônicas) e a compactação do solo delta. Durante milhares de anos, o rio Nilo tem, de certa forma, compensado por esses processos naturais, através da apresentação de sedimentos e água fresca.

No entanto, a barragem agora bloqueia os sedimentos mais a montante do Cairo e como resultado, o delta está a afundar. Enquanto isso, o Mar Mediterrâneo deverá aumentar devido ao aquecimento global. Como primeiro passo, o Egipto e as Nações Unidas decidiram lançar um estudo, que deverá durar cinco anos, sobre quais são as medida de prevenção para proteger o delta da invasão do mar.
notícia completa aqui

sobre o tema consulte o exame 2007_BG11_1ª FASE:

sexta-feira, 26 de março de 2010

Gorilas podem desaparecer da bacia hidrográfica do Congo em 15 anos

Estudo apresentado na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção

CienciaHoje
2010-03-26

A caça furtiva, extracção ilegal de madeira e o vírus Ébola são os grandes inimigos dos gorilas para os próximos 15 anos. Estes símios têm na bacia do Rio Congo o seu último refúgio.

Porta-vozes da ONU reconheceram, no último dia da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (em Doha, Qatar), que medidas de conservação daquele ecossistema têm fracassado consecutivamente.

Com o actual ritmo de destruição do seu habitat e de caça furtiva para o consumo da carne, os gorilas podem desaparecer daquele espaço num espaço de 10 ou 15 anos.
Estas informações surgem do novo estudo sobre a espécie para o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e contradizem o estudo feito em 2002, que indicava que em 2030 ainda haveria 70 mil quilómetros quadrados de selvas praticamente virgens para habitarem.

continua

quinta-feira, 18 de março de 2010

«Recuperação da Biodiversidade no Pico do Areeiro»

2010-03-17
Ciencia Hoje
Depois da catástrofe que assolou a Madeira, a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal prepara-se para inaugurar no próximo domingo, dia 21 de Março, a exposição “Recuperação da Biodiversidade no Pico do Areeiro”, que estará patente no centro comercial Dolce Vita do Funchal durante três semanas e depois circulará por várias escolas da Madeira até ao fim do Ano Internacional da Biodiversidade.

Esta iniciativa tem como objectivo “consciencializar os madeirenses e os turistas para a importância da recuperação da formação vegetal da cordilheira central da Madeira, onde se localizam as bacias de recepção das ribeiras que, a 20 de Fevereiro, provocaram a catástrofe”, explicou ao Ciência Hoje Raimundo Quintal, presidente da associação organizadora desta exposição.

 
 
«E a madeira é um Jardim...»
Madeira_vista do Jardim Botânico (Foto mclameiras)

Fóssil de criatura rara descoberto no Canadá

Anelídeo revela como é que estes organismos evoluíram


CienciaHoje
2010-03-17
Um grupo de investigadores descobriu um dos fósseis mais raros do Mundo no centro de Ottawa, no Canadá. A descoberta de 450 milhões anos preserva o esqueleto completo de um Machaeridian plumulitid, um de apenas oito espécimes conhecidos.

Os plumulitids foram anelídeos – vermes segmentados, com o corpo formado por "anéis" e o grupo inclui, por exemplo, minhocas, sanguessugas que se podem encontrar em toda parte: desde o fundo do mar à terra de um quintal – e embora fossem pequenos, revelam indícios importantes de como estes organismos evoluíram.


Encontrados animais vivos a 180 metros debaixo do gelo

CienciaHoje
2010-03-16
Cientistas da NASA descobriram seres vivos a mais de 180 metros abaixo do gelo. Onde se pensava que apenas podiam viver alguns micróbios estavam, afinal, animais capazes de resistir a condições extremas: um anfípoda Lyssianasid, pequeno crustáceo marinho, parecido com um camarão, de oito centímetros de comprimento e cor de laranja e uma estranha espécie de medusa.


O achado que deixou os investigadores incrédulos aconteceu quando estes filmavam o interior de um bloco de gelo. De repente, uma pequena criatura aproximou-se e colocou-se sobre a câmara. Logo depois, os cientistas observaram um tentáculo que parecia o de uma medusa.

AIA termina no próximo dia 17

... António Pedrosa, director do Planetário do Centro Multimeios de Espinho e responsável pela Fundação Navegar, é um 'triplo premiado'. A sua equipa somou agora o primeiro prémio na categoria Evento mais inovador, com o «Jantar em Marte» (nas Noites de Galileu), depois da distinção na actividade 100 horas de Astronomia.

continua

quinta-feira, 11 de março de 2010

Medusa biologicamente imortal

Turritopsis nutricula consegue rejuvenescer-se em ciclos aparentemente infinitos

CienciaHoje
2010-03-10

A maior parte das medusas normalmente morre após o estágio reprodutivo, mas a Turritopsis nutricula reverte para um estágio sexualmente imaturo depois de atingir a idade adulta e é capaz de rejuvenescer-se.
A criatura de quatro a cinco milímetros é tecnicamente conhecida como um hidrozoário e é o único animal conhecido com capacidade de reverter ao seu estado pólipo juvenil. Teoricamente, este ciclo pode repetir-se indefinidamente, tornando-a potencialmente imortal.
Encontrada nas águas quentes de climas tropicais, acredita-se que a Turritopsis possa estar espalhada pelo mundo. Embora solitárias, estas medusas são criaturas predadoras e assexuadas a partir do estado maduro. continua

Cratera gigante descoberta no Congo

Estudo revela que terá sido provocada pelo impacto de um meteorito há 145 milhões de anos

Cratera  Wembo Nyama, no Congo
CienciaHoje
2010-03-10
Uma cratera gigante foi identificada em Wembo Nyama, no Congo. Devido à desflorestação ocorrida nos últimos anos, o «buraco» com 46 quilómetros de largura tornou-se visível.

A equipa italiana de cientistas da Universidade de Pádua, que realizou o estudo, afirma que se trata de uma cratera provocada pelo impacto de um asteróide com dois quilómetros de largura, há 145 milhões de anos.

DNA de aves extintas extraído de fósseis de cascas de ovo

Um artigo publicado na revista especializada em biologia Proceedings of Royal Society B. revela que um grupo internacional de cientistas conseguiu isolar moléculas de DNA de espécies de pássaros extintos a partir de fósseis de cascas de ovo, concluindo assim que este material é uma fonte rica em DNA preservado.

Os investigadores acreditam que a técnica usada vai permitir desvendar mais informações sobre as espécies extintas e as razões que levaram ao seu desaparecimento. Embora já se tenha vindo a tentar isolar o DNA de um fóssil de casca de ovo, até agora estava a ser utilizado o método designado para os ossos, mas que não é aplicável na casca de ovo.
Entre as espécies extintas, os cientistas conseguiram obter o DNA do Aepyornis, vulgarmente conhecido por pássaro elefante, e da moa, um tipo de avestruz que existiu apenas na Nova Zelândia. Além disso, usaram a mesma técnica em cascas de ovos de emas e patos.
O isolamento das moléculas de DNA do pássaro elefante foi considerado o mais notável. Este animal que viveu no Madagáscar atingia os três metros de altura e pesava meia tonelada, tornando-se na ave mais pesada que alguma vez existiu. Assemelhava-se a uma avestruz gigante e desapareceu há mil anos. Embora já haja esqueletos completos desta ave, os investigadores pretendem, ao analisar o seu DNA, formar uma imagem mais detalhada do animal.
O arqueólogo Mike Parker Pearson, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, espera ainda que a análise do DNA deste pássaro possa esclarecer os motivos do seu desaparecimento. A sua extinção coincidiu com a chegada dos humanos ao seu habitat natural, no sudeste africano. No entanto não há provas de que o Homem tenha caçado o animal, nem sequer de que tenha comido os seus ovos, ainda que um único ovo desse para fazer uma omeleta para 30 pessoas.

terça-feira, 9 de março de 2010

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Metade dos maiores terramotos foram no Chile

O país sul americano tem registo dos maiores sismos de sempre. Quase sempre seguidos de tsunamis.
Mais de metade dos 10 maiores terramotos do mundo (com mais de 8,5 graus de magnitude) aconteceram no Chile, incluindo o de hoje, tendo quase todos sido seguidos de tsunamis, segundo o observatório norte-americano de geologia.


Três sismos foram hoje registados ao largo do Chile, tendo o primeiro terramoto atingido os 8,8 graus na escala de Richter, o que já levou o governo local a decretar estado de catástrofe.

Na sequência do abalo, o Instituto Geológico dos Estados Unidos emitiu um alerta de tsunami ao Chile e ao Peru, enquanto o Japão optou também por reactivá-lo, depois de o ter levantado na sexta feira à noite.

As autoridades norte-americanas colocaram também a Colômbia, a Antárctida, toda a América Central e a Polinésia em vigilância.

De acordo com o Instituto Geológico dos EUA, o abalo teve uma dimensão para gerar um tsunami destrutivo que pode atingir a costa mais próxima do epicentro em minutos e as zonas de litoral mais afastadas em horas",

Embora não seja ainda possível verificar a amplitude dos estragos, as agências internacionais descrevem um cenário de ampla destruição com muitos danos materiais.


Lista dos maiores terramotos - acima dos 8,5 graus na escala de Richter - registados, sem incluir o de hoje no Chile, que chegou aos 8,8 graus:

- 22 maio 1960: um terramoto com magnitude de 9,5 graus no sul do Chile seguido de tsunami provocou mais de 1700 mortos

- 27 março 1964: um sismo de 9,2 graus em Prince William Sound, no Alasca, seguido de tsunami matou 128 pessoas.

- 26 dezembro de 2004: um maremoto de magnitude 9 ao largo da ilha indonésia Sumatra provocou um tsunami que matou 226 mil pessoas em 12 países, incluindo 165 mil na Indonésia e 35 mil no Sri Lanka.

- 13 agosto 1868: terramoto de 9 graus em Arica, no Peru (agora Chile) gerou tsunamis catastróficos tendo morrido mais de 25 mil pessoas na América do Sul.

- 31 janeiro 1906: Sismo de 8,8 graus ao largo do Equador e da Colômbia causou um tsunami que matou pelo menos 500 pessoas.

- 1 novembro 1755: sismo de magnitude 8,7 seguido de tsunami em Lisboa matou cerca de 60 mil pessoas e destruiu quase Lisboa inteira .

- 8 julho 1730: terramoto de 8,7 graus em Valparaiso, Chile, provocou a morte a pelo menos 3 mil pessoas.

- 15 agosto 1950: terramoto de 8,6 graus em Assam, Tibete, matou pelo menos 780 pessoas.

- 15 junho, 1896: sismo com magnitude de 8,5 graus em Sanriku, Japão, causou tsunami que matou pelo menos 22 mil pessoas.

- 11 novembro 1922: Sismo de 8,5 graus na fronteira do Chile com a Argentina matou várias centenas de pessoas.
- 7 novembro 1837: terramoto de 8,5 graus em Valdivia, Chile, gerou um tsunami que matou pelo menos 58 pessoas no Havai.

- 29 outubro 1687: terramoto de 8,5 graus em Lima, peru, destruiu grande parte da cidade.
 
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1506448

Dimensão da Tragédia no Chile desconhecida

Foto: AFP/USGS/HO Imagem da US Geological Survey (USGS) ilustra o terramoto de 8,8 graus de magnitude que atingiu o Chile na madrugada deste sábado (27/02/2010)


O sismo de 8,8 que abalou o Chile pode ter feito milhares de mortes. O sismo foi 900 vezes mais forte que o do Haiti. Já há 214 vítimas mortais confirmadas. Muitas estarão soterradas sob os escombros das cidades destruídas.

Um sismo registado ao largo do Chile - e que o Instituto Geológico dos EUA estima ser de 8,8 na escala de Richter - causou pelo menos 214 mortos, segundo os primeiros balanços das autoridades do país. Entre as vítimas não há, para já, registo de portugueses. A presidente chilena, Michelle Bachelet, já declarou o estado de catástrofe.
O sismo registou-se de madrugada, com epicentro no pacífico, a 90 km da cidade de Concépcion, a segunda maior do país a seguir à capital, Santiago. Como tudo aconteceu de noite, pensa-se que milhares de pessoas estarão soterradas. A destruição entre Concépcion e Santiago é completa.
O sismo que, segundo o observatório norte-americano teve uma dimensão com "potencial para gerar um tsunami destrutivo que pode atingir a costa mais próxima do epicentro em minutos e as zonas de litoral mais afastadas em horas", foi seguido de mais de 25 réplicas, uma das quais de 6,2 graus na escala de Richter.

Em Talcahuano, uma localidade chilena, registou-se uma onda com 2,34 metros de altura. Embora não seja ainda possível verificar a amplitude dos estragos, as agências internacionais descrevem um cenário de ampla destruição com muitos danos materiais.

O fenómeno, com maior intensidade junto à costa do Chile, foi sentido também em países próximos, tendo sido dado o alerta de tsunami nesse país, no Peru e no Equador tendo o Japão reactivado o alerta também.

Segundo o observatório US Geological Survey, dos Estados Unidos, o terramoto ocorreu às 03:34 locais (06:34 em Lisboa), com epicentro a 317 quilómetros a sudoeste da capital do Chile, Santiago, a 59,4 quilómetros de profundidade.
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