Os investigadores acreditam que a técnica usada vai permitir desvendar mais informações sobre as espécies extintas e as razões que levaram ao seu desaparecimento. Embora já se tenha vindo a tentar isolar o DNA de um fóssil de casca de ovo, até agora estava a ser utilizado o método designado para os ossos, mas que não é aplicável na casca de ovo.
Entre as espécies extintas, os cientistas conseguiram obter o DNA do Aepyornis, vulgarmente conhecido por pássaro elefante, e da moa, um tipo de avestruz que existiu apenas na Nova Zelândia. Além disso, usaram a mesma técnica em cascas de ovos de emas e patos.
O isolamento das moléculas de DNA do pássaro elefante foi considerado o mais notável. Este animal que viveu no Madagáscar atingia os três metros de altura e pesava meia tonelada, tornando-se na ave mais pesada que alguma vez existiu. Assemelhava-se a uma avestruz gigante e desapareceu há mil anos. Embora já haja esqueletos completos desta ave, os investigadores pretendem, ao analisar o seu DNA, formar uma imagem mais detalhada do animal.
O arqueólogo Mike Parker Pearson, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, espera ainda que a análise do DNA deste pássaro possa esclarecer os motivos do seu desaparecimento. A sua extinção coincidiu com a chegada dos humanos ao seu habitat natural, no sudeste africano. No entanto não há provas de que o Homem tenha caçado o animal, nem sequer de que tenha comido os seus ovos, ainda que um único ovo desse para fazer uma omeleta para 30 pessoas.
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