sexta-feira, 18 de junho de 2010

Exame BIOLOGIA-GEOLOGIA-10/11

Houve uma errata mas o problema em Biologia até pode ser o português

Público
18.06.2010 - 07:37 Por Clara Viana

"É uma das provas necessárias para entrar nos cursos de Saúde e por isso uma das mais concorridas do ensino secundário. Opiniões recolhidas entre alunos dão conta que o exame de Biologia e Geologia do 11.º ano, realizado ontem, correspondeu à matéria que foi trabalhada nas aulas e decorreu sem percalços de maior.

Um erro na impressão do enunciado da versão 2 da prova levou, contudo, a que fosse necessário entregar uma errata aos alunos. O Ministério da Educação admite que, na parte inferior da figura 3 - uma representação esquemática do ciclo de vida de um rotífero - faltava "um carácter relevante para a resposta dos alunos", mas frisa que a questão ficou resolvida com a entrega da errata, "não decorrendo qualquer perturbação na compreensão da questão em causa e da sua resolução". A versão disponibilizada na página do Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) é já a prova corrigida.

Para o exame de Biologia e Geologia estavam inscritos 57.048 alunos. Quase 18 mil não compareceram, o que representa 31 por cento do total. Em 2009, a percentagem de estudantes que faltou à primeira fase desta prova também foi de 31 por cento. Nos últimos quatro anos, a média no exame só foi positiva em 2008: chegou aos 10,5. Pior que Biologia só Física e Química, que é a segunda prova mais concorrida do secundário, mas onde a média em exame não foi ainda além do 9,3 nestes anos.

Qualidades que definham

Num artigo publicado ontem no especial exames nacionais 2010, que pode ser seguido em www.publico.pt/, Paula Canha, professora de Biologia do ensino secundário, afirma que "a falta de preparação dos alunos na língua portuguesa" é a "principal causa deste insucesso". Um sobressalto é o que provoca, no mínimo, o diagnóstico que esta docente traça dos estudantes e da escola: "Muitas vezes os alunos não compreendem os dados dos problemas, não sabem relacioná-los e/ou não conseguem comunicar por escrito de forma eficaz. De uma forma seca e dura, muitos alunos lêem mal e escrevem pior. Acrescentaria a este diagnóstico a falta de agilidade mental e de espírito crítico. São qualidades que, na escola, frequentemente definham gradual e silenciosamente, a par com outra grande qualidade de um cientista: a curiosidade."


Estou plenamente de acordo!

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