No próximo dia 20 de Março a Europa vai pode ver um eclipse solar. Porém, o eclipse só será total para quem estiver no extremo norte do Atlântico, nas Ilhas Faroé, Svalbard e na região Árctica.
Em Portugal, o eclipse vai ser parcial em todo o território e os melhores locais para ver o eclipse são as ilhas do Corvo e das Flores, no arquipélago dos Açores, onde 77% do Sol vai ficar coberto pela Lua.
De acordo com os mapas disponibilizados pelo Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), a percentagem de cobertura diminui à medida que descemos em latitude. Em Lisboa, por exemplo, a sombra da Lua vai cobrir 73% da superfície solar.
O eclipse vai durar cerca de duas horas, com início às 8h00, ponto máximo às 9h00 e término às 10h00. O OAL recorda que a observação do Sol neste horário pode ser perigosa, sublinhando a obrigatoriedade de usar filtros solares e tempos de observação curtos.
O último eclipse solar visível de Portugal ocorreu em 1999 e foi muito semelhante em termos de percentagem do Sol coberta. O eclipse do dia 20 ocorre no mesmo dia em que este ano se regista o Equinócio da Primavera.
Prevenção de efeitos de observação do eclipse do Sol
Segue, a informação da DGESTE (Direção Geral da Educação) considerada relevante, para seu conhecimento.
REGRAS
RESTRITAS A SEREM CUMPRIDAS
1.ª regra: NUNCA observar o sol diretamente sem filtros solares oculares* (vulgo “óculos do eclipse”).2.ª regra: NUNCA usar óculos escuros, vidros negros de fumo, películas ou negativos fotográficos, radiografias, disquetes, CDs, DVDs, filtros de gelatina, polaroides, filtros Wratten e folhas de alumínio na observação do Sol. Não é igualmente recomendável o uso de quaisquer filtros de soldador abaixo do #14.
3.ª regra: NUNCA usar os filtros solares oculares combinados com binóculos, câmaras fotográficas, telescópios ou outros instrumentos óticos. Veja aqui a razão. Estes filtros solares SÓ devem ser usados para observação ocular direta, fazendo intervalos frequentes para descanso, a fim de o olho não aquecer demasiado.
4.ª regra: NUNCA colocar os filtros solares na ocular do instrumento ótico, ou seja, na lente onde se espreita para ver através dos binóculos ou telescópio. Nesta situação o filtro solar derrete, deixando entrar intensidade suficiente para queimar a retina.
5.ª regra: NUNCA fazer uso dos filtros solares oculares já utilizados ou que estejam guardados, antes de os testar adequadamente, pois podem ter microfuros, arranhões ou imperfeições que deixem passar mais radiação do que a permitida. Lembre-se de que a queimadura do olho é indolor, pelo que o perigo associado é enorme e arrisca assim a sua saúde. Antes de usá-los, deve testar a sua segurança, olhando através deles para uma luz muito forte (e próxima) em casa, e procurando falhas, furos e riscos.
6.ª regra: NUNCA exceder a observação contínua com óculos de proteção especial por períodos de mais de 30 segundos, fazendo sempre intervalos de 3 minutos de descanso. Evita-se, desta forma, a acumulação de calor na retina.
IMPORTANTE lembrar que o aquecimento da retina não é sentido tal como se sente o aquecimento da pele, uma vez que a queimadura da retina é INDOLOR! Se prolongar demasiado a observação, a retina aquece sem se aperceber e pode causar lesões irreversíveis, incluindo a cegueira parcial ou total. Além disso, evita-se que o filtro aqueça em demasia, reduzindo a possibilidade de deteriorar o seu plástico.
*Os filtros solares oculares, ou óculos do eclipse, são vendidos nalgumas lojas de material astronómico ou em revistas de astronomia (estrangeiras), nestas ocasiões. Devem ter marca CE obrigatória, cumprindo a Norma Europeia EN 169/1992 e a Diretiva Europeia CEE 89/686.
DGESTE
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