15-nov-2014 Greensavers
"A natureza tem coisas espectaculares: pela primeira vez na história da ciência, uma cobra fêmea da espécie Malayopython reticulatus engravidou sem ter relações sexuais com um macho.
Segundo conta o Planeta Sustentável, Thelma, de 11 anos, 90 quilos e seis metros, vivia no Zoo de Louisville com outra fêmea, Louise, e nunca havia tido contacto com machos. No Verão de 2012, ela pôs 61 ovos, o que não é anormal, uma vez que não é incomum que cobras tenham ovos inférteis.
Impressionados com a aparência dos ovos — geralmente os inférteis são murchos e sem cor, e aqueles tinham aparência saudável — a equipe do zoológico recolheu os ovos e colocou-os numa incubadora. Surpreendentemente, em Setembro de 2012 os filhotes começaram a nascer.
Quando todos já haviam trocado de pele, os resíduos resultantes foram submetidos a um teste de DNA na Universidade de Tulsa, em Oklahoma, Estados Unidos. Os pesquisadores concluíram que todos os seis bebés tinham sido fruto de uma concepção “imaculada”, sem contribuições genéticas de um macho.
A partenogênese*, processo de reprodução assexuada, ocorre em muitas plantas, insectos e até mesmo em vertebrados, como alguns tipos de lagartos. Mas este é o primeiro registo do caso entre a espécie Malayopython reticulatus, conhecida por ser a cobra mais comprida do mundo.
No caso de Thelma, uma porção de células chamadas polócitos fizeram o papel do esperma, fundindo-se com o óvulo e desencadeando o processo de divisão celular. Por isso, seus bebés têm apenas metade do seu material genético idêntico ao da mãe.
*PartenonVeja, abaixo, um vídeo sobre a história da cobra:
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