domingo, 17 de abril de 2011

Académicos querem mudar nome científico de novas espécies

Nomenclatura deverá assentar na procura de relações de ancestralidade comum



CienciaHoje
2011-04-15

Actual divisão de espécies tem nomes latinos.
Um grupo de académicos da Universidade Yale e do Instituto Smithsonian defende a mudança na nomenclatura científica das espécies recém-descobertas, recorrendo ao PhyloCode – proposta de classificação científica das espécies que assenta na procura de relações de ancestralidade comum baseadas nos conceitos da cladística.
Os cientistas envolvidos na descoberta de fósseis, micro-organismos, peixes, aves e outras criaturas assinalaram que têm dificuldades em dar nomes precisos, mas não há unanimidade na aposentadoria da norma que vigora há quase três séculos.
Segundo os que que são a favor da medida, a orientação tradicional desenvolvida há 275 anos pelo botânico sueco Carl Linnaeus não seria a mais correcta, atendendo ao volume actual de informações disponíveis sobre a biodiversidade.
O botânico utilizou uma divisão de espécies com nomes latinos, como o Homo sapiens para humanos, com grupos que têm as características físicas como base. Sendo assim, a proposta apresentada prevê substituir o sistema de Linnaeus por um novo, o PhyloCode (abreviação inglesa para "código filogenético), em que as formas de vida seriam classificadas por ancestrais comuns e princípios de Darwin, ou seja, pela árvore genealógica molecular.
A mudança de nome de uma espécie seria apenas uma "correcção" e ocorreria nos casos em que o novo nome reflectisse o conhecimento adquirido até agora sobre as relações evolutivas. O debate sobre a adopção do PhyloCode contará com duas alas – uma de prós e outra de contras – e terá lugar na numa conferência na Universidade Yale.

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