2011-04-26
Fonte: http://www.animalshow.hpg.ig.com.br/curiosidade.htm
Uma larva de abelha fêmea (Apis mellifera) pode transformar-se numa obreira estéril ou numa rainha, que é duas vezes maior do que as demais e pode atingir os 25 anos. Além disso, esta tem uma evolução mais rápida e põe os ovos fecundados, que dão origem às obreiras, e os não fecundados, dos quais nascem as abelhas macho, os zangões.
Sabe-se que o dimorfismo das abelhas fêmeas, que se dividem em duas castas, não depende de diferenças genéticas, mas que está relacionado com a ingestão da geleia real, embora não se conhecessem, até então, o ingrediente activo e os mecanismos que regulam esta diferenciação.
Um estudo publicado na “Nature” revela agora que uma das proteínas da geleia real, designada por "royalactin" em inglês, é o composto activo que transforma uma larva de abelha em rainha. A geleia real é uma substância segregada pelas obreiras entre os cinco e 15 dias, após o consumo de pólen e mel. Serve de alimento a todas as larvas de abelhas, mas, na idade adulta, é exclusivo da rainha.
Masaki Kamakura, investigador da Universidade de Toyama, no Japão, dirigiu a equipa de investigadores que fez a descoberta relatada na "Nature". Através de experiências com moscas da fruta (Drosophila melanogaster), os cientistas conseguiram verificar que a proteína "royalactin" activa processos responsáveis pelo aumento do tamanho do corpo da abelha rainha e pela aceleração do seu desenvolvimento.
Estes foram produzidos nas moscas da fruta que se alimentaram de geleia real, adquirindo assim algumas características das abelhas rainha. Para além de crescerem mais, tornaram-se mais férteis e viveram mais tempo.