" Uma start-up neerlandesa, a Plant-e (ver filme), desenvolveu uma forma de utilizar as plantas como uma fonte contínua de energia limpa – apenas é necessário uma fonte de luz, dióxido de carbono, água e plantas."
Plantações florestais industriais não são florestas, denunciam activistas ambientais
Foto: mclameiras
Publicado em 21 de Março de 2014.
LPN, GEOTA, GAIA, FAPAS, A Rocha, Oikos, Quercus e SPEA foram as organizações que se reuniram hoje, Dia Mundial das Florestas, para afirmar que as florestas são sistemas multidimensionais que conjugam a diversidade estrutural, funcional e biológica. Esta definição inclui elementos não arbóreos como o solo, a água, os microrganismos, fauna e flora e a interacção entre espécie e as comunidades humanas.
De acordo com o comunicado enviado pelas organizações “as plantações industriais de rotação curta em regime de monocultura não são nada disto e esta confusão serve apenas para prejudicar as florestas”.
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Em Portugal, embora se aponte para um grande espaço florestal, a verdade é que as plantações de eucaliptos e pinhais, em particular quando utilizados em esquemas de rotações muito curtas para a extracção máxima das matérias-primas, têm acarretado gravíssimos problemas ambientais, sociais e económicos.
Uma das provas é a destruição de biomas, como savanas ou pradarias, agora ocupados por plantações florestais com pouca ou nenhuma contribuição para as economias locais e para os equilíbrios dos sistemas ecológicos, biológicos, hidráulicos e dos solos.
"Centenas de anos depois de ter sido dado como extinto em Portugal, o esquilo-vermelho está de regresso ao país, depois de uma expansão a partir da Galiza, em Espanha, nos anos 80. Em 2000, o animal já se encontrava distribuído por todo o norte do país até ao rio Douro, e hoje há já registos de esquilos-vermelhos quase até ao rio Tejo.
De acordo com a bióloga Rita Gomes Rocha, da Universidade de Aveiro (UA), ainda não se sabe, contudo, exactamente até onde é que esta espécie ocorre. A bióloga da UA, que está a estudar a expansão daquela espécie no país, lança um apelo para que sejam comunicados os avistamentos de animais e de vestígios da sua presença: “se vir um esquilo não deixe de nos dizer onde o encontrou”.
Os registos podem ser enviados para a página no Facebook.
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A bióloga descreve o esquilo como “um simpático roedor, com uma cauda bastante felpuda e que pode ser avistado nas florestas portuguesas, principalmente na copa das árvores. Apesar do seu nome esquilo vermelho, a coloração varia bastante, desde acastanhada a totalmente preta”.
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"A bióloga pede também para serem relatados indícios da sua presença, tal como pinhas roídas no chão das florestas, com um padrão peculiar, pois os animais deixam as escamas do topo, que formam um pequeno tufo, e são bastante fáceis de reconhecer."
Há 70 milhões de anos, o Árctico não era tão frio como hoje. Os dinossauros também se davam bem lá, como revelam cada vez mais os fósseis que se estão a encontrar.
O novo Nanuqsaurus hoglundi (A) comparado com o Tyrannosaurus rex (B e C), o Daspletosaurus torosus (D), o Albertosaurus sarcophagus (E), o Troodon formosus (F) e o Troodon (G)
"Há sítios para todos os gostos: pegadas de dinossauros, falésias que mais parecem mil-folhas, com estratos por cima de estratos acumulados há milhões de anos, paisagens graníticas ou minas. São 300 os geossítios reunidos num novo portal que resultam do projecto Identificação, caracterização e conservação do património geológico: uma estratégia de conservação para Portugal, representando as paisagens geológicas portuguesas de maior importância."
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"O resultado, que envolveu trabalho de 70 cientistas da área da geologia, é o mais completo inventário de geossítios e pode ser visto aqui."
(Nova Iorque, 9 de novembro de 1934 — Seattle, 20 de dezembro de 1996) foi um cientista, astrobiólogo, astrônomo, astrofísico, cosmólogo, escritor e divulgador científico norte-americano . Sagan é autor de mais de 600 publicações científicas, e também autor de mais de 20 livros de ciência e ficção científica.
... "Fui para o bibliotecário e pedi um livro sobre as estrelas... E a resposta foi impressionante. A resposta era que o Sol também era uma estrela, só que muito próxima. Logo, as estrelas eram outros sóis, mas estavam tão distantes que eram apenas pequenos pontos de luz para nós... A escala do universo de repente se abriu para mim. Era um tipo de experiência religiosa. Houve uma magnificência para ela, uma grandeza, uma escala que nunca me deixou. Nunca me deixará..."7
"Ossos com 150 milhões de anos classificados como nova espécie de dinossauro carnívoro. Através deles, uma equipa em Portugal viajou no tempo, até à altura em que o Atlântico Norte ainda estava a formar-se."
"A descoberta do Torvosaurus gurneyi reforça a posição de Portugal como "um dos países com mais espécies de dinossauros por quilómetro quadrado", em muitos casos "espécies únicas". O trabalho, liderado por Octávio Mateus e Christophe Hendrickx, paleontólogos da Universidade Nova de Lisboa (UNL), começou há 15 anos."
"Eis o maior predador conhecido que pisou terra firme na Europa: um dinossauro carnívoro que, há 150 milhões de anos, se passeava pelo território que actualmente é Portugal. Tinha mais de dez metros de comprimento, pesava quatro a cinco toneladas e os dentes bem afiados, em forma de lâmina, dificilmente deixariam as presas indiferentes, ou, pior, incólumes após as suas investidas."
Torvosaurus gurneyi no seu ambiente.
Desenho: Sergey Krasovskiy
"Até ao momento, conhecia-se uma só espécie de Torvossauro: o Torvosaurus tanneri, também com 150 milhões de anos. Encontrado em 1972 nos Estados Unidos e descrito em 1979, durante muito tempo era o único Torvossauro conhecido — até que, em 2000, foi revelada a descoberta de uma tíbia em Portugal."
“Não houve predador terrestre maior do que este no Jurássico”, refere Octávio Mateus. No mar, é possível que tenha havido ictiossauros maiores, acrescenta, mas em terra firme os Torvossauros, tanto o da América do Norte como o da Europa, não tinham outros predadores à altura. Reinavam no topo da cadeia alimentar. “Era um predador activo que caçava outros grandes dinossauros, como evidenciam os dentes em forma de lâmina”, frisa ainda Christophe Hendrickx.
Olhando para outros tempos, os Torvossauros nem foram os maiores dinossauros de sempre. Todos carnívoros, o Tyrannosaurus rex (com 12 metros, na América do Norte), o Carcharodontosaurus (12 metros também, na África do Norte) e o Giganotosaurus (com 15 metros, na Argentina) suplantaram-nos. Viveram num período posterior, já no Cretácico.
- Que importância tem haver dois Torvossauros, com a mesma idade, em dois continentes, que se afastavam e pelo meio ia nascendo o Atlântico Norte?
“Quer dizer que a Europa e a América do Norte tinham de estar separadas há tempo suficiente para o Torvossaurus evoluir em duas espécies diferentes de um lado e do outro do Atlântico”, responde Octávio Mateus. “Dantes, a perspectiva era que havia a mesma espécie em dois continentes, portanto tinha de haver pontes de terra no Jurássico Superior. Nós dizemos que as pontes de terra são mais antigas do que se pensava, possivelmente uns dez milhões de anos.”
Essas ligações entre a Europa e a América do Norte terão então desaparecido há uns 160 milhões de anos, tornando o Atlântico intransponível para os animais terrestres. Esta é pois uma história real, contada pelos Torvossauros e os seus ossos.
"As diferenças anatómicas e a existência de duas espécies distintas indicam que houve um ancestral comum que atravessou o proto Atlântico, ou seja, a ponte terra, que sabíamos que existia no Jurássico Superior, afinal é mais antiga do que aquela que pensávamos", afirmou o cientista.
O novo dinossauro, um carnívoro, terópode, bípede, que tinha um crânio de 115 centímetros e chegava a medir 10 metros de comprimento e a pesar cerca de cinco toneladas, foi o maior predador do Jurássico Superior.
Apesar de ser primo, e igualmente um grande predador, o 'Tyrannosaurus rex' viveu 80 milhões de anos depois, já no período conhecido por Cretáceo Superior.
"O nome científico escolhido para a nomear — Torvosaurus gurneyi — é uma homenagem ao ilustrador norte-americano James Gurney, criador da série de livros Dinotopia. Neste mundo utópico, dinossauros e humanos vivem felizes lado a lado numa ilha, ainda que isso seja uma impossibilidade histórica, devido à separação por muito tempo entre a extinção dos dinossauros (há 65 milhões de anos) e o aparecimento dos primeiros humanos (há cerca de dois milhões de anos). Mas isso é o que menos interessa numa história de ficção. “Sempre admirei a reconstrução deste mundo utópico, onde dinossauros e humanos vivem juntos”, diz, num comunicado, Christophe Hendrickx, de quem partiu a ideia a homenagem a Gurney."