Tsunami no Japão: os factos @Lusa
- Às 14h46, hora local (5h46 em Portugal), um sismo de magnitude 8.9 atingiu o nordeste do Japão
- O sismo provocou o tsunami: as ondas chegaram aos 10 m de altura e atingiram cidades costeiras do país- em alguns casos, a água avançou até cinco quilómetros para o interior.
- O alerta de tsunami foi lançado na região do Pacífico. Foram evacuadas algumas regiões do litoral das Filipinas e do Havai. Chegaram vagas do tsunami à costa Oeste dos EUA , no estado de Oregon, mas sem danos.
- O governo japonês declarou um alerta nuclear preventivo devido à subida da pressão num reactor da central nuclear de Fukushima
- Na praia de Sendai, uma das cidades mais afectadas, foram encontrados 300 corpos. Há muitos mais desaparecidos, sendo de prever um número elevado de vítimas.
http://g1.globo.com/tsunami-no-pacifico/noticia/2011/03/entenda-o-terremoto-que-atingiu-o-japao.html
Os principais tsunamis no mundo nos últimos anos
Principais tsunamis registados desde o maremoto de Dezembro de 2004 na Ásia, uma das piores catástrofes naturais.
26 de Dezembro de 2004
SUDESTE ASIÁTICO
Um tremor submarino de magnitude 9,3 - o mais poderoso do últimos 40 anos -perto da ilha indonésia de Sumatra provocou um tsunami que chegou às costas de uma dezena de paises do Sudeste Asiático, causando a morte de 220.000 pessoas.
Na província indonésia de Aceh, onde o nível da água chegou a subir mais de 30 metros, morreram 168.000 pessoas. O maremoto propagou-se por centenas de quilómetros, até as Maldivas e Somália.
17 de Julho de 2006
INDONÉSIA
Um tremor submarino de magnitude 7,7 provocou um tsunami na costa sul da ilha de Java (654 mortos).
2 de Abril de 2007
ILHAS SALOMÃO
52 pessoas morreram num tsunami que afectou o oeste das Ilhas Salomão (sul do Pacífico). O maremoto, causado por um tremor de magnitude 8, destruiu 13 povoações costeiras.
29 de Setembro de 2009
SAMOA
Mais de 190 pessoas morreram nas ilhas Samoa e Tonga, assim como nas Samoa americanas, depois de terramoto de magnitude 8 que originou um tsunami.
27 de Fevereiro de 2010
CHILE
Um tremor e um tsunami consecutivo afetaram o centro-sul do Chile, deixando 555 mortos e desaparecidos, a maioria deles na região de Maule.
25 de Outubro de 2010
INDONÉSIA
Mais de 400 pessoas morreram num tsunami provocado por um tremor de magnitude 7,7 no arquipélago de Mentawai.
11 de Março de 2011
JAPÃO
Um tsunami de 10 metros de altura arrasou as costas de Sendai, nordeste do Japão, depois de um violento tremor de 8,9 de magnitude registado nas costas do arquipélago. Foram emitidos alertas praticamente em todas as costas do Pacífico, incluindo Austrália, América Central e do Sul.
sexta-feira, 11 de março de 2011
O cagarro é a ave do ano em Portugal
SPEA promove conservação desta espécie
2011-03-10CienciaHoje
Por Marlene Moura
Características da ave:
Esta ave distingue-se pelo seu bico amarelo, dorso acastanhado e ventre branco. O seu chamamento é muito característico e está na origem do nome que lhe foi atribuído, podendo ser escutado durante a noite, quando regressam aos seus ninhos.
As cagarras podem viver em média 50 anos. Entre os cinco a oito anos de vida regressam a terra apenas para nidificar no mesmo local onde nasceram, passando, assim, praticamente toda a sua vida no mar. Esta espécie alimenta-se essencialmente de peixes, cefalópodes e crustáceos.Tem um som inconfundível e está de volta às zonas costeiras, principalmente dos Açores e Madeira.
O cagarro, também conhecido como pardela-de-bico-amarelo ou cagarra, foi escolhido como a Ave do Ano 2011, em Portugal, pelos sócios da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) – um sinal da sua importância e representatividade do estado dos nossos ecossistemas marinhos.
Ao nível da União Europeia, “as aves marinhas já estavam em foco há muito tempo por serem o grupo mais ameaçado do mundo”, segundo explicou, ao «Ciência Hoje», Pedro Geraldes, biólogo da SPEA e coordenador do projecto LIFE+, justificando a escolha da organização.
Esta é uma das poucas que nidifica no Continente, Açores e Madeira. Regressa nesta época do ano aos territórios de reprodução, depois de uma longa viagem pelo Atlântico Sul. O cagarro é uma ave marinha pelágica, ou seja, apenas vem a terra para nidificar, sobretudo em ilhas e ilhéus. Para tal, o seu habitat preferido são áreas de inclinação muito pronunciada com vegetação rasteira, em zonas de falésia fragmentada e de solo ligeiro, segundo um estudo apurado pela investigadora Eva Immler, mestranda da Universidade de Ciências Aplicadas Van Hall Larenstein.
O grande problema é a perda do seu habitat de nidificação, devido à “interacção com actos de pesca, à passagem de predadores, como ratos ou gatos e até formigas causam alguns problemas a esta espécie”, sustentou ainda o biólogo, acrescentando que “as aves mais pequenas e jovens não conseguem resistir”. Nas ilhas dos Açores e da Madeira, as luzes das zonas urbanas interferem igualmente causando o encadeamento das aves juvenis nos seus primeiros voos, sendo comum observá-las caídas. Muitas destas morrem, vítimas de atropelamento ou de predadores, quando não são socorridas.
150 ninhos artificiaisA SPEA, através de actividades, trabalha activamente para promover a sua conservação. No âmbito do projecto LIFE+ «Ilhas Santuário para as aves marinhas» – uma parceria da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar dos Açores, da Câmara Municipal do Corvo e da Royal Society for the Protection of Birds (RSPB) –, por exemplo, realiza desde 2009 uma série de acções destinadas a melhorar o habitat de nidificação desta e de outras espécies de aves marinhas na Ilha do Corvo e no Ilhéu de Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel. A associação científica tem recorrido ao uso de ninhos artificiais para incentivar a cagarra a regressar ao seu habitat.
“Os mais de 150 ninhos artificiais colocados até à data são importantes para conseguir ter novas populações desta ave em zonas onde já nidificaram, mas foram abandonadas devido à predação dos seus ovos ou juvenis por mamíferos introduzidos pelo homem nas ilhas, como os ratos ou os gatos”, referiu o coordenador do projecto. Para além da avaliação de potenciais ameaças para a nidificação, outras das medidas são “a tentativa de erradicação de predadores” e de “plantas exóticas invasoras”, substituindo-as por plantas endémicas .
Estas aves, com estatuto Vulnerável segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, têm um chamamento peculiar e estridente, apenas possível de escutar nos Arquipélagos dos Açores – onde tem 65 por cento da sua população mundial –, Madeira e Berlengas. No entanto, também é possível ver esta ave de passagem ao longo da costa continental.
...
Este ano, para além dos ninhos artificiais instalados na Ilha do Corvo terem sido alvo de melhoramentos significativos, o esforço conjunto de uma equipa de investigadores internacionais tem trazido à mais pequena ilha dos Açores as mais recentes tecnologias que permitam atrair novos indivíduos para as recém-criadas áreas de nidificação para esta e outras espécies.
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quinta-feira, 3 de março de 2011
Serra de Aire, um autêntico queijo suíço
2011-03-01
Por André Antunes (J "J" C)*
Por André Antunes (J "J" C)*
* André Antunes, de 18 anos, é aluno do 12º ano da Escola Profissional Agricola Conde de S.Bento, em Braga
O mau tempo do dia 15 de Fevereiro obrigou a que o roteiro da visita de estudo arranjado pelo curso de gestão do Ambiente fosse um pouco alterado. O roteiro passou a incluir como ponto de paragem um lugar classificado como uma das 7 Maravilhas de Portugal; a sugestão foi visitar as famosas grutas de Mira de Aire.
É a maior gruta turística de Portugal com mais de 11 quilómetros de extensão conhecidos, apenas 600 metros estão abertos ao público. A profundidade máxima da visita é de 110 metros. Foi descoberta por quatro habitantes da vila de Mira de Aire que desceram para procurar água e só foi aberta ao público uns anos mais tarde.
Lá dentro a chuva cai, não das nuvens, mas, das pedras húmidas. A água infiltra-se nas fendas do calcário e escorre até á gruta onde depois se precipita para o chão da mesma. No seu interior a temperatura é amena todo o ano permitindo assim, mesmo em tempo de muito frio, que esta permaneça desejavel de se visitar. Da entrada até ao fim do percurso existem inúmeras escadas que proporcionam a oportunidade de que muitos ansiavam para conhecer o interior da terra, esta descida é feita na companhia de luzes e formas que espantam mesmo os menos admiráveis.
A gruta no seu todo, para além de ser um pólo turístico é também um pólo científico, sendo a visita acompanhada por pesquisadores ligados à geologia que lhe descobrem as entranhas e desvendam nomes para caracterizar as bizarras formas que são encontradas pelo caminho fora.
Do tecto da gruta descem estalactites, nascidas dos minerais dissolvidos na água que se infiltra na rocha, são esses mesmos minerais que fazem crescer as estalactites, o que sobra, pinga no chão e dá vida a outra estrutura cavernícola, as estalagmites. Estas crescem de baixo para cima, no entanto o processo é mais lento do que o das estalactites, à média de um milímetro por século.
A vida animal também é comum. Há registos de aranhas e enguias que foram avistadas por turistas. No entanto são pouco frequentes.
A aposta do curso nesta visita foi um mais-valia – “O espanto e excitação, não faltaram, gostei muito.”- afirmação proferida por um dos elementos do curso do 3º ano que não hesitou em expressar a sua opinião, que, no gera,l foi idêntica.
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Três raros tigres brancos nasceram em Lisboa
Conservar as espécies aumentando o índice de reprodução
2011-03-01
CienciaHoje
Três novos tigres-brancos, um dos animais mais raros e admirados na natureza nasceram no Jardim Zoológico de Lisboa. Estima-se que existam apenas entre cem e 130 tigres-brancos no planeta e todos eles se sob cuidados humanos. Em Portugal, com o nascimento destas novas crias, existem cinco.
O espaço mantém-se empenhado na conservação das espécies, aumentando o índice de reprodução que já é um dos mais elevados da Europa. Só em 2010 nasceram, em Lisboa, 113 animais de 47 espécies diferentes.
Há quem pense que são albinos; no entanto, os tigres-brancos não o são, nem representam uma subespécie de tigres, mas sim o resultado da expressão de um gene recessivo, quando ambos os progenitores são portadores do gene responsável pela cor clara da pelagem. A sua coloração é mais intensa no Inverno, como uma adaptação ao frio, fazendo sobressair os olhos azuis, o nariz rosado e o fundo branco cremoso com listas castanhas.
Os tigres-brancos são mais activos no crepúsculo e durante a noite. Caçam por emboscada e dependem mais da visão e da audição do que do olfacto. São solitários (excepto durante a época de acasalamento) e territoriais. A cor clara da pelagem não é concordante com a estratégia de caça por emboscada, que assenta na camuflagem, e compromete a sobrevivência destes animais no estado selvagem a ponto de, actualmente, só existirem sob cuidados humanos desenvolvendo hábitos próprios dessa condição. Os Tigres machos podem, em média, medir 2,50 metros, ter 90 centímetros de altura e pesar mais de 200 quilos. As fêmeas são ligeiramente mais pequenas e leves. Os tigres podem viver cerca de 20 anos, embora em cativeiro e com bons cuidados alimentares possam viver um pouco mais.O período de gestação destes animais é de 102 a 112 dias, após os quais nascem geralmente duas a três crias. Os filhotes são amamentados por três a seis meses e acompanham a mãe durante dois a três anos, aprendendo as técnicas de caça necessárias à sua sobrevivência futura como adultos solitários. Devido à sua pelagem de cor branca que não lhe confere a camuflagem adequada à sua sobrevivência no estado selvagem, os tigres-brancos foram, durante séculos, alvo da caça furtiva que levou à sua extinção na natureza.
O estatuto de conservação dos Tigres-brancos não está avaliado pela União Internacional para a Conservação da Natureza. São animais muito raros que não existem em estado selvagem, por isso, a reprodução destes animais em cativeiro, é fundamental para a sua sobrevivência.
Para celebrar o nascimento das três crias, o espaço promove o passatempo infantil “Um tigre, dois tigres, três tigres. Diz lá outra vez e começa a história por 'Era uma vez...”. Para participar neste passatempo, as crianças terão de escrever uma história original e criativa sobre as três novos tigre-brancos e enviar o texto para o Jardim Zoológico, até ao dia 27 de Março.
O tigre-branco, um dos animais mais raros da natureza. (Crédito: Carlos Moita Pedroso) |
CienciaHoje
Três novos tigres-brancos, um dos animais mais raros e admirados na natureza nasceram no Jardim Zoológico de Lisboa. Estima-se que existam apenas entre cem e 130 tigres-brancos no planeta e todos eles se sob cuidados humanos. Em Portugal, com o nascimento destas novas crias, existem cinco.
O espaço mantém-se empenhado na conservação das espécies, aumentando o índice de reprodução que já é um dos mais elevados da Europa. Só em 2010 nasceram, em Lisboa, 113 animais de 47 espécies diferentes.
Há quem pense que são albinos; no entanto, os tigres-brancos não o são, nem representam uma subespécie de tigres, mas sim o resultado da expressão de um gene recessivo, quando ambos os progenitores são portadores do gene responsável pela cor clara da pelagem. A sua coloração é mais intensa no Inverno, como uma adaptação ao frio, fazendo sobressair os olhos azuis, o nariz rosado e o fundo branco cremoso com listas castanhas.
Os tigres-brancos são mais activos no crepúsculo e durante a noite. Caçam por emboscada e dependem mais da visão e da audição do que do olfacto. São solitários (excepto durante a época de acasalamento) e territoriais. A cor clara da pelagem não é concordante com a estratégia de caça por emboscada, que assenta na camuflagem, e compromete a sobrevivência destes animais no estado selvagem a ponto de, actualmente, só existirem sob cuidados humanos desenvolvendo hábitos próprios dessa condição. Os Tigres machos podem, em média, medir 2,50 metros, ter 90 centímetros de altura e pesar mais de 200 quilos. As fêmeas são ligeiramente mais pequenas e leves. Os tigres podem viver cerca de 20 anos, embora em cativeiro e com bons cuidados alimentares possam viver um pouco mais.O período de gestação destes animais é de 102 a 112 dias, após os quais nascem geralmente duas a três crias. Os filhotes são amamentados por três a seis meses e acompanham a mãe durante dois a três anos, aprendendo as técnicas de caça necessárias à sua sobrevivência futura como adultos solitários. Devido à sua pelagem de cor branca que não lhe confere a camuflagem adequada à sua sobrevivência no estado selvagem, os tigres-brancos foram, durante séculos, alvo da caça furtiva que levou à sua extinção na natureza.
O estatuto de conservação dos Tigres-brancos não está avaliado pela União Internacional para a Conservação da Natureza. São animais muito raros que não existem em estado selvagem, por isso, a reprodução destes animais em cativeiro, é fundamental para a sua sobrevivência.
Para celebrar o nascimento das três crias, o espaço promove o passatempo infantil “Um tigre, dois tigres, três tigres. Diz lá outra vez e começa a história por 'Era uma vez...”. Para participar neste passatempo, as crianças terão de escrever uma história original e criativa sobre as três novos tigre-brancos e enviar o texto para o Jardim Zoológico, até ao dia 27 de Março.
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