CienciaHoje
Em ano de biodiversidade, o estudo «Plants under pressure – a global assessment (The first report of the Sampled Red List Index for Plants)», publicado hoje, revela que mais de 20 por cento de espécies vegetais estão ameaçadas de extinção.
O Jardim Botânico Real de Kew, o Museu de História Natural Britânico e a União Internacional para a Conservação da Natureza publicam esta primeira avaliação de espécies, onde se informa que as actividades humanas são responsáveis por 80 por cento da extinção em curso e que o habitat mais ameaçado é a floresta tropical.
No estudo, realizado ao longo de cinco anos, examinou-se uma amostra representativa das 380 000 plantas conhecidas em todo o mundo.
Das sete mil espécies analisadas, em representação de cinco grandes grupos de plantas (monocotiledónea, briófitas, pteridófitas, gimnospérmicas, legumes) 22 por cento foram classificados como «ameaçados». Desses, quatro por cento estão em «perigo crítico», sete em «perigo» e 11 por cento «vulneráveis».
Os investigadores explicam também que 33 por cento das espécies não são suficientemente conhecidas para que o seu estado de conservação possa ser caracterizado.
A maior parte das espécies ameaçadas são oriundas de florestas tropicais e de algumas ilhas a meio do Pacífico e do Atlântico, como a da Páscoa e das Bermudas, respectivamente.
Stephen Hopper, director do Jardim Botânico Real, considera que este estudo pode ser um instrumento essencial para “combater a perda de biodiversidade”.
«Plants under pressure – a global assessment» é publicado a algumas semanas da Convenção Sobre Diversidade Biológica, organizada pela ONU e que se realiza entre 18 e 20 de Outubro, em Nagoya (Japão).