terça-feira, 30 de setembro de 2014

É possível observar DNA a olho nu?


 Foto 1- O esmagamento permite a desagregação
 dos tecidos e paredes celulares


Foto 2- Filamentos de DNA na interface
 extrato de kiwi-etanol

Foto 3- DNA das células do Kiwi
(fotos mclameiras)

Os resultados e as explicações ...
 Assim que derramamos o etanol gelado no extracto de kiwi começam a notar-se filamentos brancos muito finos de DNA que se formam na interface entre as duas camadas (Foto 2).
Por que colocamos o detergente?
O detergente presente no líquido da louça ajuda a dissolver a bicamada lipídica que faz parte da membrana plasmática e das membranas dos organelos, incluindo o invólucro nuclear.

Por que colocamos o sal (NaCl )?
O cloreto de sódio permite a neutralização da carga negativa conferida ao DNA pelo grupo fosfato (Na+ liga-se ao grupo PO4-). Assim, impede-se a repulsão entre as moléculas de DNA, permitindo a sua agregação de modo a formar filamentos mais espessos e compridos, facilmente visíveis a olho nu. O sal ajuda ainda a manter as proteínas dissolvidas no líquido extraído, impedindo que elas precipitem com o DNA.
Por que colocamos o etanol?
O ADN não é solúvel em etanol (álcool etílico). Quando as moléculas são solúveis num dado solvente, dispersam-se nesse solvente e não são, portanto, visíveis. Por outro lado, quando as moléculas são insolúveis num dado solvente, agrupam-se, tornando-se visíveis. Quanto mais gelado estiver o álcool, menor é a solubilidade do DNA.
O DNA é menos denso que a água, posicionando-se na parte superior do filtrado. Quando se adiciona lentamente etanol ao filtrado os filamentos de DNA ascendem lentamente na camada do etanol, surgindo mais próximo da superfície (Foto 3).
A formação de bolhas de ar devido ao "choque térmico" ajuda nessa ascensão. 

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