quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Azevinho, um símbolo natalício ameaçado

azevinho (Ilex aquifolium L.)
O Azevinho é uma planta bem conhecida pela sua beleza e pelas suas utilizações ornamentais, sobretudo na quadra natalícia. A procura pelos seus ramos e frutos tornou-a rara enquanto planta espontânea.
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http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Fichas-de-Especies/

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Por que foi tão violento o tsunami do Japão? Os geólogos explicam agora porquê



"Havia um intervalo invulgarmente pequeno entre os dois lados da falha geológica implicada no sismo de 11 de Março de 2011 que estava preenchido por uma argila fininha, escorregadia como um lubrificante, oferecendo pouca resistência, que amplificou a sua violência."



"O sismo do Japão, em Março de 2011, foi um dos mais fortes alguma vez registados na Terra, com 9 graus de magnitude. E o tsunami que desencadeou a seguir – quando a ruptura na crosta terrestre produzida durante o sismo provocou um tal desnível no fundo do mar que empurrou a água para cima e fez a movimentar desde lá de baixo até cá acima – foi devastador. Surpreendidos com a dimensão do fenómeno, 27 cientistas, de dez países, foram à procura de respostas no fundo do mar, fazendo furos na zona do epicentro do sismo, e pensam tê-las encontrado, anunciaram na revista Science."
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 "O sismo de 11 de Março de 2011, com epicentro a cerca de 200 quilómetros ao largo da cidade japonesa de Sendai, ocorreu numa zona de fronteira de placas. Mais: é uma zona de subducção, o que significa que uma dessas placas (a do Pacífico) está a enfiar-se por baixo de outra (a Norte-Americana) e o resultado é a criação da Fossa do Japão."
Até aqui, nada de novo, pois já se sabia que as zonas de destruição de placas são muito sísmicas. Já agora, diga-se que um sismo é provocado quando há uma ruptura brusca da crosta terrestre, numa falha geológica que já existe ou numa que é criada de novo durante o próprio abalo sísmico. O sismo de Março de 2011 teve origem numa falha já existente chamada "Tohoku-Oki", localizada na fronteira entre as placas do Pacífico e Norte-Americana, e rompeu ainda a crosta ao longo de 200 quilómetros na Fossa do Japão.
"O que surpreendeu os cientistas foi a dimensão do deslocamento vertical (elevação ou ressalto) na falha. Até 2011, o maior deslocamento numa falha, por sinal também numa zona de fronteira de placas, datava de 1960, ao largo da costa do Chile, onde o sismo mais violento alguma vez registado na Terra (9,5 de magnitude) provocou a elevação do fundo do mar de um dos blocos da falha em cerca de 20 metros.
No sismo do Japão, a ruptura da crosta que começou a cerca de 20 a 30 quilómetros de profundidade rapidamente se propagou em todas as direcções ao longo da fronteira de placas. E, quando essa ruptura subterrânea chegou até à superfície da crosta, deformou o fundo do mar e provocou uma elevação do solo marinho que excedeu os 50 metros, desencadeando o catastrófico tsunami que se abateu nas costas do Japão. Cerca de 19.000 pessoas morreram no terramoto. Nalgumas zonas, a onda do tsunami atingiu os dez metros de altura."
 
Argilas do coração do sismoVasculhados pelos cientistas, esses preciosos materiais e rochas vindos do coração do quarto maior sismo de sempre ajudaram a chegar a, pelo menos, duas razões principais para um deslocamento vertical tão grande entre os blocos de uma falha. E, em última análise, por que teve o tsunami aquela violência.
Primeira razão: o intervalo entre os dois blocos da falha geológica, que é uma fenda e uma zona de deformação na crosta terrestre, e neste caso também uma fronteira entre placas, é muito pequeno, ou seja, o espaçamento entre os dois lados da falha é pouco espesso. Tem menos de cinco metros.
Mas por que é que a estreiteza da falha teve aqui importância? Porque há menos espaço para dissipar a energia produzida pelo sismo do que se esse intervalo fosse maior. Com mais espaço entre os dois lados da falha (ou, neste caso, das próprias placas tectónicas), o desnível seria mais pequeno. “Mostra como a falha era muito pouco resistente”, responde ao PÚBLICO uma das autoras da investigação, Emily Brodsky, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz. E, se esses materiais são escorregadios, ainda pior. “Materiais deslizantes concentrados numa zona muito estreita oferecem pouca resistência, enquanto materiais resistentes distribuem o movimento por uma área maior”, acrescenta Emily Brodsky.  
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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

OLIMPÍADAS DE BIOLOGIA



          Se deseja informações sobre a Olimpíadas Portuguesas de Biologia Sénior consulte esta página.
        
Divulgue e participe!

Estão abertas as inscrições junto ao seu professor de Biologia e Geologia


Regulamento e datas (Categoria Sénior - 10º, 11º e 12 anos)

             
1ª Eliminatória:
17 de janeiro (6ª feira), às 14:30 h, realizada nas escolas;participarão todos os alunos inscritos nas escolas. 
2ª Eliminatória (semifinal):
02 de abril (4ª feira) às 14:30 h, realizada nas escolas
participarão os alunos que tenham obtido melhor classificação na 1ª eliminatória (aprox. 20%)
 
3ª Eliminatória (final):
17 de maio (sábado) às 10:00 h, realizada em Lisboa (local a confirmar)
        
 
Para a categoria Sénior, os conteúdos para a 1ª eliminatória são os seguintes:
 
Biologia e Geologia – 10º Ano
Tema 0
 
Biodiversidade na biosfera
1.                 A biosfera
1.1  Diversidade
1.2 Organização
1.3 Extinção e conservação
2. A célula
     2.1. Unidade estrutural e funcional
     2.2. Constituintes básicos
 


Biologia e Geologia 11º Ano

1º Período
Unidade V
Crescimento e renovação celular
1. Crescimento e renovação celular:
1.1- DNA e síntese proteica
1.2- Mitose
2. Crescimento e diferenciação de tecidos vs diferenciação celular
Unidade VI
Reprodução
1. Reprodução assexuada:
1.1. Estratégias reprodutoras.
2. Reprodução sexuada:
2.1. Meiose e fecundação.
2.2. Reprodução sexuada e variabilidade
3. Ciclos de vida: unidade e diversidade.
UNIDADE VII
Evolução Biológica
1.- Unicelularidade e multicelularidade.
2.- Mecanismos de evolução
2.1- Evolucionismo vs fixismo
2.2- Seleção natural, seleção artificial e variabilidade
 
 
 Biologia 12º ano

   U1- Reprodução Humana

  • Estrutura e morfologia das gónadas.
·     Gametogénese.
·     Controle hormonal.
·     Desenvolvimento Embrionário.
·     Manipulação da Fertilidade. DSTs
 
u2- Património Genético
·     Princípios. Mono e dihibridismo.
·     Codominância. Dominância incompleta.
·     Teoria cromossómica da hereditariedade. Linkage (crossing-over).
·     H. ligada ao sexo. Daltonismo, Hemofilia. H. Humana: alelos múltiplos. H. autossómica. Regulação (operão lac e operão triptofano). Mutações. Tecnologia e Vida. Fundamentos de Engenharia genética.

 

Hoje, na aula, falou-se em MICORRIZAS

 "Micorrizas - um bom negócio entre plantas e fungos"


 
"As micorrizas são associações simbióticas entre plantas e fungos em que todos ganham: as plantas melhoram a sua nutrição mineral, absorção de água e resistência a agentes patogénicos e os fungos, por sua vez, adquirem uma fonte de açúcares constante.

A natureza é feita de associações, casamentos perfeitos entre indíviduos semelhantes ou mesmo de reinos totalmente diferentes em que ambos os organismos envolvidos tiram algum proveito da união. As micorrizas são disso exemplo! São, como o próprio nome indica, relações simbióticas entre fungos (myco) e plantas (riza = raiz).
O termo simbiose pode ser definido como uma associação intíma entre dois ou mais organismos vivos, com a qual de algum modo todos eles beneficiam. No caso das micorrizas, os parceiros desta associação são fungos que habitam no solo e raízes, ou outro orgão subterrâneo, da maioria das plantas. Mais de 70% das plantas vasculares são micorrizadas  (Angiospérmicas – plantas que produzem flores e cujas sementes se formam em frutos fechados, e Gimnospérmicas – plantas em que as sementes se formam em cones nus, por exemplo os pinheiros), assim como muitos Pteridófitos (fetos) e alguns Briófitos (musgos).

Na maioria das vezes, as associações micorrízicas são mutualistas pois o fungo ganha a sua fonte de açúcares a partir da planta e esta obtém água e sais minerais do solo através das hifas do fungo (figura ). Em situações de stress e competição, em que os nutrientes do solo são limitados, as plantas são, por norma, micorrizadas."
Texto integral aqui (Naturlink)

Representação esquemática de ectomicorriza (adaptado de APS Education Center)
"A falta de pêlos radiculares e a abundância de manto de fungo em redor das raízes significa que todos os minerais que entram na planta terão de ser canalizados pelo fungo. Em contrapartida, o fungo recebe pelo menos parte do seu carbono orgânico a partir da planta. As principais vantagens das ectomicorrizas são melhorar a nutrição da árvore, facilitando a absorção de elementos minerais como o azoto, o potássio e sobretudo dos elementos pouco móveis no solo, como o fósforo; conferir resistência a solos calcários e tolerância a metais pesados; melhorar a absorção de água; estimular o crescimento do sistema radicular através da produção de hormonas de crescimento; e proteger as raízes contra agentes patogéneos do solo. Esta protecção contra agentes patogéneos ocorre a vários níveis: o manto constitui uma barreira física à invasão dos patogéneos, há uma maior competição pelo espaço e nutrientes na rizosfera e estabelece-se um antagonismo químico por produção de substâncias antibióticas, indução da produção de substâncias inibidoras e produção de metabolitos que inibem germinação de esporos de fungos patogéneos."