terça-feira, 28 de outubro de 2014

"Os peptídeos são um pouco como o esparguete..."

Investigadores descobrem como os micróbios constroem um poderoso antibiótico
CiênciaHoje
2014-10-27

"Pesquisadores relatam na revista Nature que fizeram um grande avanço na compreensão de como um poderoso antibiótico é feito na natureza. A descoberta resolve um mistério de décadas e abre novos caminhos de pesquisa em milhares de moléculas semelhantes, muitas dos quais são susceptíveis de serem clinicamente úteis.

Eles concentraram-se numa classe de compostos que inclui dezenas com propriedades antibióticas. A mais conhecida é a nisina, um produto natural do leite que pode ser sintetizado em laboratório e é adicionado aos alimentos como conservante. A nisina tem sido usada para combater patógenos de origem alimentar desde o final dos anos 1960."


ice cream spaghetti Os pesquisadores já conheciam a sequência do gene da nisina e eles podem ligar a cadeia de aminoácidos (chamada péptideo) que são codificados por esse gene. Mas o peptídeo sofre várias modificações na célula depois de ter sido feito, mudanças que lhe dão a sua forma final e função. Os pesquisadores têm tentado ao longo de mais de 25 anos entender como essas mudanças ocorrem.

Os peptídeos são um pouco como o esparguete, são muito flexíveis para fazer o seu trabalho ...",


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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"Exoma" em notícia

Exoma é a fração do genoma que codifica os genes.
O genoma humano é composto de 3 bilhões de bases (A, T, C e G), sendo que os genes compõem somente 1 a 2% do total (~30-60 milhões de bases). As regiões do DNA genômico que codificam os aminoácidos de cada gene são os exons, daí o termo "exoma".[1]
Cada vez mais o seqüenciamento do exoma é usado por pesquisadores e médicos para o diagnóstico de doenças genéticas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exoma

MITOSE


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O Controle do Ciclo Celular e a Oncogénese


"Apesar  de as células eucarióticas se dividirem seguindo os mesmos mecanismos , o ritmo e o momento são muito variáveis, dependendo do tipo de célula e de vários fatores ambientais. Em cada ser humano, vários milhões de células, por segundo, encontram-se em divisão, assegurando a sobrevivência do indivíduo. As células do fígado dividem-se, pelo menos, uma vez por ano, ao passo que algumas células do intestino e muitas células percursoras  do sangue dividem-se mais do que uma vez por dia. As hemácias e as fibras musculares perdem a capacidade de se dividirem quando atingem a maturidade. As células cancerosas, pelo contrário, dividem-se continuamente e de uma forma descontrolada. Na maioria das células, contudo ocorrem ciclos celulares com uma periodicidade que permite responder às necessidades do organismo. Daqui se depreende que o ciclo celular obedece a rigorosos mecanismos de controlo.
Os mecanismos de regulação do ciclo celular atuam fundamentalmente em três pontos, no final de G1, durante a Mitose e no final de G2."
  
 
  Fonte: Pag. 48: SILVA, A., e outros, (2008), Terra, Universo de Vida - 1ª Parte - Biologia 11ºano, Porto Editora, Porto.
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"Como sabemos, a interfase é um período de intensa atividade metabólica e de maior duração do ciclo celular. Algumas células, que não se dividem por mitose, mantêm-se permanentemente na interfase, estacionadas no período chamado G0.
Nas células que se dividem ativamente, a interfase é seguida da mitose, culminando na citocinese. Sabe-se que a passagem de uma fase para outra é controlada por fatores de regulação - de modo geral protéicos – que atuam nos chamados pontos de checagem do ciclo celular. Dentre essas proteínas, se destacam as ciclinas, que controlam a passagem da fase G1 para a fase S e da G2 para a mitose.
Se em algumas dessas fases houver alguma anomalia, por exemplo, algum dano no DNA, o ciclo é interrompido até que o defeito seja reparado e o ciclo celular possa continuar. Caso contrário, a célula é conduzida à apoptose (morte celular programada).
Outro ponto de checagem é o da mitose, promovendo a distribuição correta dos cromossomos pelas células-filhas. Perceba que o ciclo celular é perfeitamente regulado, está sob controle de diversos genes e o resultado é a produção e diferenciação das células componentes dos diferentes tecidos do organismo. Os pontos de checagem correspondem, assim, a mecanismos que impedem a formação de células anómalas.
 
A origem das células cancerosas está associada a anomalias na regulação do ciclo celular e à perda de controle da mitose. Alterações do funcionamento de genes controladores do ciclo celular, em decorrência de mutações, são relacionados ao surgimento de um câncer. Duas classes de genes, os proto-oncogenes e os genes supressores de tumor são os mais diretamente relacionados à regulação do ciclo celular. Os proto-oncogenes são responsáveis pela produção de proteínas que atuam na estimulação do ciclo celular, enquanto os genes supressores de tumor são responsáveis pela produção de proteínas que atuam inibindo o ciclo celular.
Dizendo de outro modo:
Os proto-oncogenes, quando ativos, estimulam a ocorrência de divisão celular e os genes supressores de tumor, quando ativos, inibem a ocorrência de divisão celular. O equilíbrio na atuação desses dois grupos de genes resulta no perfeito funcionamento do ciclo celular.
Mutações nos proto-oncogenes os transformam em oncogenes ( genes causadores de câncer). As que afetam os genes supressores de tumor perturbam o sistema inibidor e o ciclo celular fica desregulado, promovendo a ocorrência desordenada de divisões celulares e o surgimento de células cancerosas, que possuem as seguintes características:
  • são indiferenciadas, não contribuindo para a formação natural dos tecidos,
  • seus núcleos são volumosos e com um número anormal de cromossomos;
  • empilham-se sobre a outras em várias camadas, originando um aglomerado de células que forma um tumor. Se ficar restrito ao local de origem e for encapsulado, diz-se que o tumor é benigno, podendo ser removido;
  • nos tumores malignos, ocorre a metástase, ou seja, as células cancerosas abandonam o local de origem, espalham-se por via sanguínea ou linfática, e invadem outros órgãos. Esse processo é acompanhado por uma angiogénese, que é a formação de inúmeros vasos sanguíneos responsáveis pela nutrição das células cancerosas.
 http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/nucleo11.php

Observação ao M.O. de células vegetais (meristema apical da raíz)

Meristema apical da raíz da cebola _100x (preparação definitiva)
Pormenor do tecido em divisão_400x (preparação definitiva)


 Divisão Celular-Figuras de Mitose em células do meristema radicular da cebola (turno 1)
(M.O.400x)
(Fotos mclameiras)

Protocolo experimental utilizado - Pag.45: SILVA, A., e outros, (2008), Terra, Universo de Vida - 1ª Parte - Biologia 11ºano, Porto Editora, Porto.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

domingo, 12 de outubro de 2014

Colar os cromossomas no sítio certo

Exemplos de cromossomas com pontos extras de ligação, entre cromatídeos, em comparação com um cromossoma normal (à esquerda). Créditos: Raquel Oliveira (IGC), Shaila Kotadia (UCSC).

 Exemplos de cromossomas com pontos extras de ligação, entre cromatídeos, em comparação com um cromossoma normal (à esquerda). Créditos: Raquel Oliveira (IGC), Shaila Kotadia (UCSC).
  

Raquel Oliveira, do IGC, liderou estudo

 2014-10-09
CiênciaHoje
 
"Durante a divisão celular, os cromossomas adquirem a forma característica de X, com as duas moléculas de DNA (cromatídeos irmãos) unidos numa “região de ligação” central, que contém DNA muito compactado. Era até agora desconhecido se rearranjos na arquitetura típica de X poderiam perturbar a correcta separação dos cromossomas. Um novo estudo, liderado por Raquel Oliveira, do Instituto Gulbenkian de Ciência em colaboração com colegas da Universidade da Califórnia, Santa Cruz (EUA), mostra agora que a deslocação de segmentos específicos de DNA prejudica a correcta separação dos cromossomas.
Os resultados deste estudo, publicados agora na revista de acesso livre PLOS Biology*, levantam a hipótese de que rearranjos nos cromossomas envolvendo estas regiões, observados frequentemente em muitas células cancerígenas, podem induzir erros adicionais na divisão celular e por isso comprometer a estabilidade genética.

A chave para compreender este problema está na “cola” que mantém ligados os dois cromatídeos irmãos. Esta “colagem” ocorre pela acção de proteínas chamadas coesinas que estão normalmente concentradas na “região de ligação” compacta."

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sábado, 11 de outubro de 2014

Jornadas de Reflexão_APPBG

Programa
Professores querem aproximar avaliações externa e interna em Biologia e Geologia
 
A Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia (APPBG) defendeu hoje que a avaliação dos alunos nos exames nacionais deve aproximar-se dos resultados obtidos na escola.
"Existe uma diferença assinalável entre a avaliação interna dos alunos nestas áreas, promovida pelas escolas, e a avaliação externa dos alunos, através dos exames", disse à agência Lusa o vice-presidente da associação, Nuno Santos.
Este dirigente falava a propósito das Jornadas da Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia, subordinadas ao tema "Metas, programas e exames nacionais de Biologia e Geologia -- Tendências e perspetivas", realizadas hoje, em Coimbra.
No encontro, em que participaram 160 docentes de todos o país, foi discutida "a discrepância, talvez exagerada", entre a avaliação efetuada nas escolas e a avaliação externa, através dos exames nacionais, salientou.
Importa que haja "articulação entre programas e exames", defendeu Nuno Santos, realçando a importância de professores de Biologia e Geologia, autores dos programas e responsáveis pela avaliação externa terem discutido este assunto durante todo o dia.
Nos trabalhos, que decorreram no auditório do Colégio da Rainha Santa Isabel, intervieram o presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), Hélder Dinis de Sousa, e o diretor-geral da Direção Geral da Educação, Fernando Egídio Reis, entre outros convidados.
O programa incluiu a discussão dos resultados de dois inquéritos aos professores, efetuados pela APPBG, sobre a aplicação dos programas de Biologia e Geologia e sobre os exames nacionais.
A associação está empenhada "em fazer diminuir a diferença" entre a avaliação interna e a avaliação externa dos alunos, o que a levou a organizar este primeiro encontro de reflexão.
"O diálogo com a tutela é a única forma de avançar, para que essa discrepância desapareça", afirmou Nuno Santos.

Jorge Bonito -Coordenador da equipa autoral das metas curriculares de C. Naturais do E. Básico
Fernando Egídio Reis, Diretor-Geral, Direção Geral da Educação
Isabel Paiva, Professora aposentada

"A crise matrimonial entre Programas e Avaliação é bem mais grave do que pensava", dizia  hoje, o presidente do IAVE, aos professores presentes. 
(Fotos mclameiras)

Comunicações das Jornadas -  aqui (APPBG)

Codigo Genético


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Anomalias genéticas _ Mutações Génicas

}O genoma de um indivíduo pode sofrer alterações  designadas de mutações. Estas podem ocorrer quer nas células somáticas quer nas células da linha germinativa.
}As Mutações podem classificar-se em Mutações Cromossómicas (estruturais ou numéricas) e Mutações Génicas.
}As alterações do material genético podem ocorrer em diferentes cromossomas e condicionar diferentes fenótipos.
}Neste trabalho - Webquest- , o desafio é selecionar uma das anomalias génicas  propostas, ou outra, e sobre ela fazer uma pequena pesquisa.
 (Ver as orientações no Moodle).
 
Anomalias já selecionadas pelos alunos (11º1ª): 
  • Mutação CCR5 delta 32 (Mafalda e M. Inês)
  • Albinismo (J.P. e Lourenço)
  • Coreia de Huntington (J. Costa e G. Duarte)
  • "Doença dos pezinhos" (Sofia e Leonardo)
  • Distrofia muscular de Duchenne  (J. Dionísio e G. Ferreira)
  • Síndroma de Rett (Joana M. e Ana Filipa)
  • Diabetes insípida nefrogénica (Inês B. e B. Ramos)
  • Síndroma Ehlers Danlos  (Rui F. )
  • Daltonismo - (Tomás e Júlio)
  • Síndroma de Hunter (Eduardo e Joana C.)
 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Nobel da Química recompensa três pioneiros da “nanoscopia”

     www.público.pt/

O Prémio Nobel da Química foi atribuído a Eric Betzig, do Instituto Médico Howard Hughes (EUA), Stefan Hell, do Instituto Max Planck (Alemanha), e a William Moerner, da Universidade de Stanford (EUA), pelo “desenvolvimento da microscopia de super-resolução por fluorescência”...

Desde 1873 que se presumia que os microscópios ópticos não vêem para além de pequenas bactérias. Os laureados contornaram essa limitação ao ponto de conseguir ver moléculas individuais nas células vivas.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A vida dupla da bactéria mais mortífera do planeta

"Ana Sousa Manso, uma cientista portuguesa a acabar o doutoramento na Universidade de Siena em Itália em parceria com a Universidade de Leicester no Reino Unido, é a primeira autora num estudo que identifica o mecanismo por detrás da capacidade infecciosa daquela que é a bactéria mais mortífera no planeta - a Streptococcus pneumoniae (vulgarmente chamada pneumococo). A descoberta, hoje publicada na revista Nature Communication, culmina quase 1 século de investigação desde que em 1933, se mostrou que a bactéria, capaz de causar pneumonia e meningites que matam milhões de pessoas por ano, podia também viver sem sintomas nas vias respiratórias humanas.Este artigo foi escrito por Catarina Amorim no âmbito de um projecto para a divulgação da ciência portuguesa "

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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Replicação da molécula de DNA


"A enzima responsável pela síntese de DNA é a DNA polimerase. Em procariotas, encontramos 3 tipos de DNA polimerase: DNA pol I; DNA pol II e DNA pol III. Através de experimentação com mutantes bacterianos, sabe-se que DNA pol I tem papel representativo na correção de erros e que DNA pol III é a principal enzima para síntese de DNA (recentemente, duas novas polimerases, DNA pol IV e DNA pol V, ambas associadas à reparação de erros no DNA foram inseridas neste rol). Em eucariotas há um grande número de polimerases. Para replicação, são necessárias as polimerases alfa, delta e epsilon. A polimerase beta está associada a correção de erros e a polimerase gama é responsável pela replicação do DNA mitocondrial. Caracteristicamente as DNA polimerases apresentam atividade polimerásica 5´-3´ e atividade exonucleásica 3´-5´. Esta última assegura a correção de possíveis erros de pareamento durante a síntese de DNA. O sistema funciona pela competição dos sítios catalíticos: Como a afinidade do sítio polimerásico é maior que a do sítio exonucleásico, apenas quando o nucleotídeo alocado não realiza o pareamento adequado é possível removê-lo. Há, ainda, a atividade exonucleásica 5´-3´ exibida pela DNA polimerase I, que permite a remoção dos iniciadores e auxilia no reparo a erros identificados após a replicação."

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O DNA não se replica sozinho

Para que o processo de replicação se inicie, é necessária a atuação de uma enzima, a helicase. A enzima liga-se à cadeia de DNA e desliza sobre esta, quebrando as ligações entre as duas cadeias de nucleótidos - ligações de hidrogénio - ficando então as duas cadeias de DNA separadas. Em seguida, os nucleotídeos livres existentes no núcleo ligam-se, por complementaridade de bases, à cadeia de DNA. De uma cadeia original de DNA formam-se duas. A replicação do DNA é o processo de auto-duplicação do material genético, mantendo o padrão de herança ao longo das gerações.
Cada cadeia do DNA é duplicada formando uma fita híbrida, isto é, a cadeia velha pareia com a cadeia nova formando um novo DNA; de uma molécula de DNA formam-se duas outras iguais a ela. Cada DNA recém formado possui uma das cadeias da molécula-mãe, por isso o nome semi-conservativa.
Ao mesmo tempo em que a helicase vai abrindo a molécula de DNA, outra enzima chamada polimerase liga um grupo de nucleotídeos que se pareiam com os nucleotídeos da molécula-mãe.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Replica%C3%A7%C3%A3o_do_DNA

Além da capacidade de duplicação, o DNA também é responsável pela síntese de outro ácido nucleico muito importante para a célula: o ácido ribonucleico ou RNA.