quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Descoberta de dinossauro serpente

Um grupo de investigadores da Universidade do Kansas (EUA), em colaboração com uma equipa do departamento de Geologia, da Universidade do Nordeste, em Shenyang (China), descobriu um venenoso dinossauro estreitamente aparentado com aves primitivas. O estudo foi publicado na última edição da «Proceedings of the National Academy of Sciences» (PNAS), esta semana.


Este predador pré-histórico camuflava-se entre as ramagens e surpreendia as presas, imobilizando-as com o seu veneno através de uma mordidela; depois, devorava-as enquanto estas se encontravam em estado de choque.

Segundo os investigadores referiram na página online da instittuição, o Sinornithosaurus (também conhecido como ‘lagarto-ave chinês’), por ser tão semelhante com os primeiros ‘pássaros’, converte-se na primeira espécie na linha de evolução das aves actuais e próximo do veliciraptor.
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sismo de magnitude 6,0 foi o maior desde 1969

A terra tremeu hoje na Península Ibérica e em Marrocos, exactamente às 01:37:47h, numa intensidade de 6,0 na escala de Richter, segundo o Instituto de Meteorologia de Portugal. Não há danos a registar.






De acordo com dados do Instituto de Meteorologia de Portugal, o sismo que foi sentido esta madrugada em toda a Península Ibérica registou 6,0 graus na escala de Richter (num total de 10), uma intensidade considerada média.

Os instrumentos registaram uma duração de alguns minutos, mas o sismo apenas foi sentido pelas pessoas durante cinco a oito segundos, disse a mesma fonte.

O epicentro deu-se no mar, a 30km de profundidade e a Oeste de Gibraltar, cerca de 185km a Oeste de Faro e 264km a Sudoeste de Lisboa. O primeiro abalo foi seguido de dezasseis réplicas. Às 11:00 (em Portugal Continental) a actividade sísmica ainda ocorria.

O Instituto de Meteorologia (IM) considera que este sismo foi o "maior registado desde 1969", disse hoje à Lusa o presidente daquele organismo.

De acordo com o responsável do IM, Adérito Serrão, "o sismo desta madrugada é o maior registado desde 1969", a cerca de 100 quilómetros do Cabo de São Vicente, no Algarve, mas "sem problemas a registar", reforçou.

"Não existem vítimas a registar", foi apenas um sismo "sentido com alguma intensidade, em bastantes locais pelas populações", explicou Adérito Serrão à agência Lusa junto ao Centro Operacional de Sismologia, em Lisboa.

O sismólogo Fernando Carrilho afirmou, por seu lado, que as "réplicas são normais" e que "tendem a diminuir quer em intensidade, quer em intervalos de tempo".

O sismo foi registado pela rede de 40 equipamentos distribuídos por todo o território nacional, e teve uma "duração aproximada de três minutos", concluiu o sismólogo.

De acordo com o European-Mediterranean Seismological Centre (Centro Sismológico Euro-Mediterrânico) e do U.S. Geological Survey (USGS, o instituto de geologia norte-americano), o abalo deu-se exactamente às 01:37:47h e teve uma magnitude um pouco mais baixa do que a avaliada pelo Instituto de Meteorologia: 5,7 na escala de Richter.

Já o Instituto de Sismologia de Espanha avaliou em 6,3 na escala de Richter a intensidade do abalo sísmico.

Oito réplicas de fraca intensidade

Até às 03.47h, o site do Instituto de Meteorologia dava conta de oito réplicas do abalo, todas a Sudoeste do Cabo de São Vicente e com magnitudes entre os 2,3 e os 1,3 graus na escala de Richter.

Sem danos a registar

Contactada pelo DN.pt, a Protecção Civil afirma não ter registo de danos pessoais ou materiais. As chamadas recebidas foram apenas para dar conta da ocorrência do sismo e não foram registados quaisquer pedidos de ajuda.

O DN disponibiliza testemunhos dos seus leitores sobre o sismo, no artigo relacionado "Leitores do DN relatam o sismo".

A falha de São Vicente e o risco sísmico em Portugal

Epicentro a 185 km de Faro


Sismo de magnitude 6,0 foi o maior desde 1969 (VÍDEO)

por DN.PT17 Dezembro 2009

Sismo em Portugal


A falha de São Vicente e o risco sísmico em Portugal
por Filomena Martins17 Dezembro 2009

Portugal não é um País de risco sísmico elevado. Mas já registou na sua história um dos maiores e mais devastadores sismos registados da história, o de 1755.

A maioria dos cientistas calcula que a nossa área de maior actividade sísmica fica, como agora aconteceu, a sudoeste do cabo de São Vicente, na região do Banco do Gorringe. Foram lá que se situaram os epicentros dos maiores sismos do País, entre eles os de 60-63aC, 1033, 1356 e 1755.

O banco do Gorringe é um fragmento de crosta do oceano, que resta desde o período do Cretácico Inferior. Surgiu de planícies no fundo do mar a mais de 5 000 m de profundidade. Esta falha regista deslocamentos verticais, conhecido como mecanismo de subducção entre duas placas tectónicas (as placas em cima das quais se move a crosta terrestre) da placa africana pela placa euro-asiática.

O último grande sismo que provocou danos no território português foi o de 28 de Fevereiro de 1969, com epicentro nesta zona do banco de Goringe e magnitude entre 6,5 e 7,5.




O epicentro do sismo de 1755 (o mais destruidor que afectou território nacional, e considerado com um dos mais energéticos a nível mundial, com magnitude estimada em 8,75) terá tido também o seu epicentro no Banco do Gorringe. Há contudo cientistas e estudos recentes que, com base no tsunami que destruiu Lisboa, falam na possibilidade de se ter registado um movimento múltiplo nas falhas tectónicas: Goringe e placa do vale do Tejo.

Seja como for, o sismo de hoje é, segundo as regras da sismologia, um bom sinal: acaba de registar-se uma significativa de libertação de energia acumulada com a movimentação das placas, o que reduz as hipóteses de acontecer um grande sismo nos próximos tempos. Mas os sismos são impossíveis de prever.