domingo, 25 de janeiro de 2009

" 2009_ANO DARWIN"



Apresentação no Pavilhão do Conhecimento
“Ano Darwin” é uma boa oportunidade para “fazer cultura científica em Portugal”
23.01.2009 - 16h17 Lusa

A comemoração dos 200 anos do nascimento de Darwin e dos 150 da publicação "A origem das espécies" que mostrou ao mundo a teoria da selecção natural é, segundo Mariano Gago, uma boa “oportunidade” para fazer cultura científica em Portugal.

A apresentação do “Ano Darwin” aconteceu hoje no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lembrou durante a apresentação que Darwin fez algumas das suas primeiras observações em território português, nomeadamente nos Açores, quando iniciou a sua viagem de exploração do Atlântico Sul a bordo do Beagle.
continua

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Iguana cor-de-rosa pode alterar história da evolução nas Galápagos

Descoberta de nova espécie de iguana cor-de-rosa pode alterar história da evolução nas Galápagos
Animal passou despercebido a Darwin
:: 2009-01-06_Ciencia Hoje
Uma equipa de cientistas italianos anunciou ter descoberto que um tipo de iguana cor-de-rosa nas Ilhas Galápagos pode alterar a história da Evolução das Espécies. O animal passou despercebido a Charles Darwin durante a sua visita ao arquipélago e foi a partir de estudos de iguanas, pintassilgos e tartarugas, em 1835, que o naturalista britânico desenvolveu a teoria da evolução das espécies por selecção natural.

A equipa internacional de pesquisadores acaba de corrigir esse desconhecimento ao mostrar que esta iguana pertence a um grupo distinto dos outros répteis do género que habitam as ilhas. A descoberta descreve os animais às riscas pretas – vistos pela primeira vez em 1986 e avistados poucas vezes mais – como uma nova espécie, segundo referiu Gabriele Gentile, líder do estudo e docente da Universidade Tor Vergata, em Roma, onde está ligado ao Programma Rientro dei Cervelli.

Os investigadores avançaram ainda que esta espécie pode ajudar a compreender a evolução na remota ilha. Muitos destes animais não foram encontrados em mais nenhum local. “Apesar de toda a atenção que lhes foi dada, as Galápagos não deixam de oferecer novidades evolucionárias”, escreveram Gentile e a sua equipa na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. O artigo publicado indica que o animal rosado "se separou" das outras espécies de iguanas há 5,7 milhões de anos.

"Naquela época, as ilhas do oeste das Galápagos não exisitiam", disse Gentile. "Trata-se de um enigma, porque agora a iguana rosada vive numa pequena parte da ilha de Isabela que se formou há menos de 500 mil anos." Segundo o líder da equipa de investigadores, mesmo as partes mais antigas do arquipélago podem ter menos de cinco milhões de anos.

Os cientistas italianos reuniram provas que sugerem que o réptil descoberto não é uma variação das iguanas mais conhecidas das Galápagos, como o amarelo Conolophus subcristatus, mas sim um grupo separado. Só em 2000 é que esta nova espécie começou a ser analisada por investigadores.

As iguanas cor-de-rosa encontram-se em vias de extinção
Hoje, as iguanas cor-de-rosa, que têm mais de um metro de comprimento e pesam 12 quilos, parecem viver apenas junto a um único vulcão, que tem cerca de 350 mil anos.

Laboratório da evolução

As Galápagos, um conjunto de ilhas vulcânicas que pertencem ao Equador, são conhecidas como um verdadeiro laboratório da evolução: graças ao isolamento progressivo, numerosas espécies de aves, répteis e outros animais e plantas foram-se diferenciando. Só entre as iguanas terrestres (há também as marinhas) já existiam duas espécies oficialmente reconhecidas pela ciência.

“Não fomos os primeiros a avistar este animal, mas somos os primeiros a descrevê-lo e a dizer que se tratava de uma nova espécie”, disse Gentile à agência Reuters, numa entrevista por telefone.

O cientista diz que a explicação para o seu aparecimento pode dever-se ao facto de alguns vulcões, que agora estão no fundo do mar, estarem acima da superfície quando estes primeiros bichos marinhos chegaram – o que permitiu que alguns subissem para a terra firme e começassem uma evolução separada. Análises já realizadas com o DNA de iguanas mostrou que as espécies terrestres se originaram a partir das marinhas há dez milhões anos.

Segundo Gentile, a população é bastante reduzida, existem menos de cem répteis cor-de-rosa e a espécie está ameaçada de extinção. Os investigadores documentaram menos de 40 iguanas durante dois anos e sugerem que esforços e fundos para a conservação da espécie se tornaram urgentes.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Parece que falta aqui qualquer coisa...!?...

Educação: Ensino profissional mais que triplicou nos últimos dez anos
04 de Janeiro de 2009, 10:22

Lisboa, 04 Jan (Lusa) - O ensino profissional mais do que triplicou nos últimos dez anos em Portugal, tanto em número de alunos como na oferta de cursos, abrangendo actualmente quase um terço dos estudantes do secundário, indicam dados do Ministério da Educação.

Em 2009, ano em que se comemoram os 20 anos do ensino profissional em Portugal, estão a frequentar este tipo de cursos quase 91 mil alunos, dos quais 60,3 por cento em escolas secundárias públicas, segundo os mesmos dados.

O número de alunos inscritos em cursos profissionais tem mantido crescimentos constantes desde há, pelo menos, dez anos, quando estavam inscritos 27.995 alunos, apenas nas escolas profissionais.

O crescimento nos últimos dez anos reforça a convicção da ministra da Educação de que a meta do Governo nesta matéria vai ser atingida.

"O Governo propunha-se atingir a meta de, em 2010, ter metade dos alunos do secundário a frequentar a via qualificante e, actualmente, à entrada no 10º ano, já alcançámos o objectivo", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, em declarações à agência Lusa, a propósito das comemorações públicas, que se iniciaram em Janeiro.

Para o presidente da Associação Nacional do Ensino Profissional, no entanto, o ensino profissional abrange ainda uma parcela relativamente reduzida da população estudantil, já que a opção por cursos profissionais é feita por 30 por cento dos cerca de 300 mil alunos que frequentam o ensino secundário em Portugal.

"Estamos ainda muito longe dos níveis atingidos nos países do Norte da Europa, onde 70 a 80 por cento dos jovens no ensino secundário escolhem um percurso de formação qualificante", destacou o presidente da Associação Nacional do Ensino Profissional (ANESPO), Luís Presa, em declarações à agência Lusa.

A ministra considera que o número de cursos profissionais oferecidos está "já num nível aceitável", mas admite a possibilidade de um alargamento, tendo em conta as "dinâmicas da procura".

Em 1998, as escolas profissionais ofereciam 1.400 cursos, enquanto actualmente escolas públicas e privadas disponibilizam mais de 4.500.

Os cursos profissionais, desenvolvidos em Portugal de forma pioneira pelas escolas profissionais, criadas por decreto-lei de Janeiro de 1989, são uma oferta formativa de dupla certificação destinada a jovens e cujo objectivo principal é a inserção no mercado de trabalho, embora permitam o prosseguimento dos estudos no ensino superior.

Para além de conferirem um nível secundário de educação, as aprendizagens realizadas nestes cursos valorizam o desenvolvimento de competências pessoais e técnicas necessárias ao exercício de uma profissão.

Esta valorização dos conteúdos directamente ligados ao mundo do trabalho tem permitido ao ensino profissional garantir taxas de empregabilidade da ordem dos 80 por cento, dependendo dos sectores de actividade, indicou Luís Presa.

Entre as áreas em que os formandos do ensino profissional são mais procurados, Luís Presa destaca a hotelaria, informática e electrónica e construção civil, "embora praticamente todos os cursos tenham uma boa aceitação por parte dos empregadores".

Para a ministra, o "êxito" do ensino profissional tem ainda uma outra faceta: a de manter na escola jovens que não pretendiam prosseguir os estudos até ao superior e para os quais, "durante muitos anos, o País não oferecia resposta".

"Aquilo que o País teve para oferecer aos jovens durante muitos anos foram apenas quatro ou cinco cursos secundários vocacionados para o acesso ao ensino superior", referiu a ministra, lembrando todos os jovens que não se reviam nessa expectativa e que conduziram Portugal a "uma inaceitável taxa de abandono escolar de 50 por cento" à entrada para o 10º ano.

Com a introdução destes cursos nas escolas secundárias públicas, verificada no ano lectivo 2004/2005, estas têm passado a desempenhar um maior papel na oferta dos cursos profissionais e, no actual ano, já são frequentadas por 60 por cento dos alunos que optam pelas vias profissionalizantes.

Mas tal não significa que as ecolas públicas venham a substituir as escolas privadas nesta área do ensino. "Esta foi uma experiência iniciada pelas escolas privadas, que se tornaram num exemplo de boas práticas. Por isso, decidimos alargá-lo às escolas públicas. Necessitamos das escolas privadas, que têm desenvolvido um excelente trabalho", afirmou a ministra.

No entanto, salientou, as escolas públicas "têm mais recursos, mais professores, é natural que venham a suplantar ainda mais as escolas privadas" na oferta deste tipo de ensino.

As comemorações dos 20 anos da criação das escolas profissionais prevêem a realização de seminários, encontros, debates ou conferências sobre o tema, ao ritmo de, pelo menos, uma actividade em cada mês do ano.

A comissão de honra das comemorações é presidida pelo antigo ministro da Educação Roberto Carneiro e o programa tem um financiamento de 500 mil euros, atribuído pela Agência Nacional para a Qualificação (ANQ).