" Uma start-up neerlandesa, a Plant-e (ver filme), desenvolveu uma forma de utilizar as plantas como uma fonte contínua de energia limpa – apenas é necessário uma fonte de luz, dióxido de carbono, água e plantas."
Plantações florestais industriais não são florestas, denunciam activistas ambientais
Foto: mclameiras
Publicado em 21 de Março de 2014.
LPN, GEOTA, GAIA, FAPAS, A Rocha, Oikos, Quercus e SPEA foram as organizações que se reuniram hoje, Dia Mundial das Florestas, para afirmar que as florestas são sistemas multidimensionais que conjugam a diversidade estrutural, funcional e biológica. Esta definição inclui elementos não arbóreos como o solo, a água, os microrganismos, fauna e flora e a interacção entre espécie e as comunidades humanas.
De acordo com o comunicado enviado pelas organizações “as plantações industriais de rotação curta em regime de monocultura não são nada disto e esta confusão serve apenas para prejudicar as florestas”.
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Em Portugal, embora se aponte para um grande espaço florestal, a verdade é que as plantações de eucaliptos e pinhais, em particular quando utilizados em esquemas de rotações muito curtas para a extracção máxima das matérias-primas, têm acarretado gravíssimos problemas ambientais, sociais e económicos.
Uma das provas é a destruição de biomas, como savanas ou pradarias, agora ocupados por plantações florestais com pouca ou nenhuma contribuição para as economias locais e para os equilíbrios dos sistemas ecológicos, biológicos, hidráulicos e dos solos.
"Centenas de anos depois de ter sido dado como extinto em Portugal, o esquilo-vermelho está de regresso ao país, depois de uma expansão a partir da Galiza, em Espanha, nos anos 80. Em 2000, o animal já se encontrava distribuído por todo o norte do país até ao rio Douro, e hoje há já registos de esquilos-vermelhos quase até ao rio Tejo.
De acordo com a bióloga Rita Gomes Rocha, da Universidade de Aveiro (UA), ainda não se sabe, contudo, exactamente até onde é que esta espécie ocorre. A bióloga da UA, que está a estudar a expansão daquela espécie no país, lança um apelo para que sejam comunicados os avistamentos de animais e de vestígios da sua presença: “se vir um esquilo não deixe de nos dizer onde o encontrou”.
Os registos podem ser enviados para a página no Facebook.
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A bióloga descreve o esquilo como “um simpático roedor, com uma cauda bastante felpuda e que pode ser avistado nas florestas portuguesas, principalmente na copa das árvores. Apesar do seu nome esquilo vermelho, a coloração varia bastante, desde acastanhada a totalmente preta”.
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"A bióloga pede também para serem relatados indícios da sua presença, tal como pinhas roídas no chão das florestas, com um padrão peculiar, pois os animais deixam as escamas do topo, que formam um pequeno tufo, e são bastante fáceis de reconhecer."
Há 70 milhões de anos, o Árctico não era tão frio como hoje. Os dinossauros também se davam bem lá, como revelam cada vez mais os fósseis que se estão a encontrar.
O novo Nanuqsaurus hoglundi (A) comparado com o Tyrannosaurus rex (B e C), o Daspletosaurus torosus (D), o Albertosaurus sarcophagus (E), o Troodon formosus (F) e o Troodon (G)
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/o-trex-tinha-um-primo-mais-pequeno-no-alasca-1628180 "O T-rex, um dos dinossauros mais famosos, tinha um primo mais pequeno no Alasca há 70 milhões de anos. Ambos viveram na mesma altura, no final do reinado dos dinossauros na Terra, que terminou há 65 milhões anos, com a colisão de um meteorito com o nosso planeta, e corriam atrás das suas presas para obterem uma bela refeição de carne. Mas, ainda assim, o T-rex deveria meter um pouco mais de respeito, com 12 metros de comprimento e uns dentes serrilhados nada discretos, enquanto o seu primo do Alasca se ficaria por metade do tamanho."continua aqui
"Há sítios para todos os gostos: pegadas de dinossauros, falésias que mais parecem mil-folhas, com estratos por cima de estratos acumulados há milhões de anos, paisagens graníticas ou minas. São 300 os geossítios reunidos num novo portal que resultam do projecto Identificação, caracterização e conservação do património geológico: uma estratégia de conservação para Portugal, representando as paisagens geológicas portuguesas de maior importância."
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"O resultado, que envolveu trabalho de 70 cientistas da área da geologia, é o mais completo inventário de geossítios e pode ser visto aqui."
(Nova Iorque, 9 de novembro de 1934 — Seattle, 20 de dezembro de 1996) foi um cientista, astrobiólogo, astrônomo, astrofísico, cosmólogo, escritor e divulgador científico norte-americano . Sagan é autor de mais de 600 publicações científicas, e também autor de mais de 20 livros de ciência e ficção científica.
... "Fui para o bibliotecário e pedi um livro sobre as estrelas... E a resposta foi impressionante. A resposta era que o Sol também era uma estrela, só que muito próxima. Logo, as estrelas eram outros sóis, mas estavam tão distantes que eram apenas pequenos pontos de luz para nós... A escala do universo de repente se abriu para mim. Era um tipo de experiência religiosa. Houve uma magnificência para ela, uma grandeza, uma escala que nunca me deixou. Nunca me deixará..."7
"Ossos com 150 milhões de anos classificados como nova espécie de dinossauro carnívoro. Através deles, uma equipa em Portugal viajou no tempo, até à altura em que o Atlântico Norte ainda estava a formar-se."
"A descoberta do Torvosaurus gurneyi reforça a posição de Portugal como "um dos países com mais espécies de dinossauros por quilómetro quadrado", em muitos casos "espécies únicas". O trabalho, liderado por Octávio Mateus e Christophe Hendrickx, paleontólogos da Universidade Nova de Lisboa (UNL), começou há 15 anos."
"Eis o maior predador conhecido que pisou terra firme na Europa: um dinossauro carnívoro que, há 150 milhões de anos, se passeava pelo território que actualmente é Portugal. Tinha mais de dez metros de comprimento, pesava quatro a cinco toneladas e os dentes bem afiados, em forma de lâmina, dificilmente deixariam as presas indiferentes, ou, pior, incólumes após as suas investidas."
Torvosaurus gurneyi no seu ambiente.
Desenho: Sergey Krasovskiy
"Até ao momento, conhecia-se uma só espécie de Torvossauro: o Torvosaurus tanneri, também com 150 milhões de anos. Encontrado em 1972 nos Estados Unidos e descrito em 1979, durante muito tempo era o único Torvossauro conhecido — até que, em 2000, foi revelada a descoberta de uma tíbia em Portugal."
“Não houve predador terrestre maior do que este no Jurássico”, refere Octávio Mateus. No mar, é possível que tenha havido ictiossauros maiores, acrescenta, mas em terra firme os Torvossauros, tanto o da América do Norte como o da Europa, não tinham outros predadores à altura. Reinavam no topo da cadeia alimentar. “Era um predador activo que caçava outros grandes dinossauros, como evidenciam os dentes em forma de lâmina”, frisa ainda Christophe Hendrickx.
Olhando para outros tempos, os Torvossauros nem foram os maiores dinossauros de sempre. Todos carnívoros, o Tyrannosaurus rex (com 12 metros, na América do Norte), o Carcharodontosaurus (12 metros também, na África do Norte) e o Giganotosaurus (com 15 metros, na Argentina) suplantaram-nos. Viveram num período posterior, já no Cretácico.
- Que importância tem haver dois Torvossauros, com a mesma idade, em dois continentes, que se afastavam e pelo meio ia nascendo o Atlântico Norte?
“Quer dizer que a Europa e a América do Norte tinham de estar separadas há tempo suficiente para o Torvossaurus evoluir em duas espécies diferentes de um lado e do outro do Atlântico”, responde Octávio Mateus. “Dantes, a perspectiva era que havia a mesma espécie em dois continentes, portanto tinha de haver pontes de terra no Jurássico Superior. Nós dizemos que as pontes de terra são mais antigas do que se pensava, possivelmente uns dez milhões de anos.”
Essas ligações entre a Europa e a América do Norte terão então desaparecido há uns 160 milhões de anos, tornando o Atlântico intransponível para os animais terrestres. Esta é pois uma história real, contada pelos Torvossauros e os seus ossos.
"As diferenças anatómicas e a existência de duas espécies distintas indicam que houve um ancestral comum que atravessou o proto Atlântico, ou seja, a ponte terra, que sabíamos que existia no Jurássico Superior, afinal é mais antiga do que aquela que pensávamos", afirmou o cientista.
O novo dinossauro, um carnívoro, terópode, bípede, que tinha um crânio de 115 centímetros e chegava a medir 10 metros de comprimento e a pesar cerca de cinco toneladas, foi o maior predador do Jurássico Superior.
Apesar de ser primo, e igualmente um grande predador, o 'Tyrannosaurus rex' viveu 80 milhões de anos depois, já no período conhecido por Cretáceo Superior.
"O nome científico escolhido para a nomear — Torvosaurus gurneyi — é uma homenagem ao ilustrador norte-americano James Gurney, criador da série de livros Dinotopia. Neste mundo utópico, dinossauros e humanos vivem felizes lado a lado numa ilha, ainda que isso seja uma impossibilidade histórica, devido à separação por muito tempo entre a extinção dos dinossauros (há 65 milhões de anos) e o aparecimento dos primeiros humanos (há cerca de dois milhões de anos). Mas isso é o que menos interessa numa história de ficção. “Sempre admirei a reconstrução deste mundo utópico, onde dinossauros e humanos vivem juntos”, diz, num comunicado, Christophe Hendrickx, de quem partiu a ideia a homenagem a Gurney."
Alemanha: dependência do carvão ameaça cidades inteiras
Publicado em 24 de Fevereiro de 2014.
No ano passado, as fontes renováveis atingiram os 25% da capacidade total de energia na Alemanha. Ainda assim, o país ainda depende muito da extracção de carvão: o uso desta energia atingiu os valores mais altos dos últimos 20 anos, refere o Inhabitat.
Embora seja considerado um dos países mais progressistas do mundo em termos de produção de energia limpa, a Alemanha depende muito do carvão. Assim, várias cidades que datam da Idade Média vão ter de ser transferidas para outros locais para que as empresas de mineração as possam explorar.
... Mesmo que o país estabelecesse uma meta para eliminar a sua dependência de combustíveis fósseis até 2050, as emissões de carbono continuam a aumentar apesar do desenvolvimento das indústrias de energia solar e energia eólica. notícia completa aqui
"E o mar aqui tão perto!"
(Porto-Matosinhos_foto: mclameiras)
Em Vila Praia Âncora, Barra, Furadouro, Pedrógão, Areia Branca, Praia Grande, Adraga e Costa da Caparica ou falta muita areia já não há praia por causa das tempestades das últimas semanas.
"O que somos? De onde vimos? O que nos traz o futuro? Estas são perguntas vulgares, que muitas vezes surgem como verdadeiros enigmas. A RTP2, a Unesco e a Farol de Ideias produziram um documentário sobre o papel das Ciências da Terra para o desenvolvimento sustentável. Trata-se de uma rodagem que vai desde Arouca à Ilha das Flores, nos Açores, passando pelos impactos da erosão costeira, a importância do alargamento da Plataforma Continental, sem esquecer os aquíferos e os impactos das alterações climáticas na qualidade de vida. Qual a importância das geociências?
A Terra e os seus subsistemas em interação Terra, Universo de Vida - 10º ano - Geologia , Porto Editora, 2003
No fundo, o conhecimento da litosfera, o «mundo das pedras», é tão importante e interessante quanto o da hidrosfera, da atmosfera e da biosfera. Todas estas «esferas» estão interligadas. A vida não seria possível sem essa relação que as Ciências da Terra estabelecem de uma forma holística, global."
Quer ajudar a vigiar a gripe? O Gripenet procura voluntários
Por Vera Novais
Todos os residentes em Portugal podem participar na monitorização dos surtos de gripe. Basta registarem-se para a época de 2013-2014, num portal desenvolvido pelo Instituto Gulbenkian de Ciência.
O vírus Influenza é facilmente transmitido de pessoa para pessoa. Quando uma pessoa engripada espirra, tosse ou fala expele pequenas gotículas que contêm o vírus e que podem ser inaladas por outras pessoas.
O vírus entra no nosso organismo pelo nariz, onde se multiplica, disseminando-se para a garganta e para o restante das vias respiratórias, incluindo os pulmões. Depois são necessários entre 1 a 4 dias até ao aparecimento dos sintomas – é o chamado período de incubação.
Ao detetar o vírus, o nosso sistema imunitário inicia um processo de defesa que vai sendo apurado enquanto atua. Este processo de defesa está associado aos sintomas da doença e, de um modo geral, resulta na eliminação do vírus em cerca de uma semana.
A gripe dissemina-se rapidamente em comunidades, em particular em condições de grande aglomeração como é o caso das escolas. Por outro lado, o tempo frio e seco permite que o vírus sobreviva mais tempo fora do nosso organismo e, como consequência, as epidemias sazonais nas zonas temperadas, como é o caso de Portugal, aparecem no final do outono, inverno e início da primavera.
Fonte: CDC O vírus Influenza é facilmente transmitido de pessoa para pessoa. Quando se espirra, tosse ou fala expelem-se pequenas gotículas que contêm o vírus e que podem ser inaladas por outras pessoas.
"Enquanto nos humanos e restantes mamíferos o ar entra e sai dos pulmões num vaivém, nas aves e nalguns répteis circula quase continuamente, maximizando o aproveitamento do oxigénio.
Nos mamíferos, o ar entra nos pulmões pelos brônquios e viaja até aos alvéolos onde se dão as trocas gasosas. Depois de o oxigénio da inspiração ser trocado nos alvéolos pelo dióxido de carbono, o ar, que será expirado, terá de percorrer o caminho inverso. Acreditava-se que o processo fosse equivalente para os restantes vertebrados, mas as aves e os aligatores-do-mississipi já mostraram que não. E agora foi a vez de o varano-terrestre-africano (um parente do dragão-de-komodo)contrariar a teoria inicial, num estudo publicado na revista Nature."
O ar segue a via respiratória principal e regressa passando de câmara em câmara
"... em pulmões daqueles lagartos falecidos, os investigadores injectaram ar e água para estudar o fluxo desses fluidos. Verificaram que a respiração neste réptil era unidireccional: ou seja, o ar inspirado e o ar expirado só percorriam o mesmo caminho numa parte inicial das vias respiratórias, fazendo um movimento circular dentro dos pulmões. O ar segue a via respiratória principal até à parte final dos pulmões, entra nas câmaras laterais, e vai migrando pelas várias câmaras em direcção à traqueia para ser expirado.
Esta circulação unidireccional no varano-terrestre-africano, em vez do vaivém dos mamíferos, é equivalente à dos aligatores-do-mississipi (Aligator mississippiensis), como verificou a investigadora num estudo anterior com outra equipa. Mas a estrutura dos pulmões nos crocodilianos, que são répteis tal como os varanos, tem mais semelhanças com a estrutura dos pulmões das aves.
Nas aves, o ar entra directamente para os sacos aéreos, que, além de terem um papel na respiração, também auxiliam no voo. Dos sacos aéreos passa para os pulmões, permitindo uma entrada quase constante de ar nos pulmões, que faz com que as aves aproveitem 2,5 vezes mais oxigénio do que os mamíferos. Julgava-se que esta adaptação serviria para as aves suportarem melhor o exigente esforço muscular do voo e a escassez de oxigénio em altitudes elevadas, mas a presença da mesma adaptação em répteis vem questionar esta teoria."
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
"Havia um intervalo invulgarmente pequeno entre os dois lados da falha geológica implicada no sismo de 11 de Março de 2011 que estava preenchido por uma argila fininha, escorregadia como um lubrificante, oferecendo pouca resistência, que amplificou a sua violência."
"O sismo do Japão, em Março de 2011, foi um dos mais fortes alguma vez registados na Terra, com 9 graus de magnitude. E o tsunami que desencadeou a seguir – quando a ruptura na crosta terrestre produzida durante o sismo provocou um tal desnível no fundo do mar que empurrou a água para cima e fez a movimentar desde lá de baixo até cá acima – foi devastador. Surpreendidos com a dimensão do fenómeno, 27 cientistas, de dez países, foram à procura de respostas no fundo do mar, fazendo furos na zona do epicentro do sismo, e pensam tê-las encontrado, anunciaram na revista Science."
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"O sismo de 11 de Março de 2011, com epicentro a cerca de 200 quilómetros ao largo da cidade japonesa de Sendai, ocorreu numa zona de fronteira de placas. Mais: é uma zona de subducção, o que significa que uma dessas placas (a do Pacífico) está a enfiar-se por baixo de outra (a Norte-Americana) e o resultado é a criação da Fossa do Japão."
Até aqui, nada de novo, pois já se sabia que as zonas de destruição de placas são muito sísmicas. Já agora, diga-se que um sismo é provocado quando há uma ruptura brusca da crosta terrestre, numa falha geológica que já existe ou numa que é criada de novo durante o próprio abalo sísmico. O sismo de Março de 2011 teve origem numa falha já existente chamada "Tohoku-Oki", localizada na fronteira entre as placas do Pacífico e Norte-Americana, e rompeu ainda a crosta ao longo de 200 quilómetros na Fossa do Japão.
"O que surpreendeu os cientistas foi a dimensão do deslocamento vertical (elevação ou ressalto) na falha. Até 2011, o maior deslocamento numa falha, por sinal também numa zona de fronteira de placas, datava de 1960, ao largo da costa do Chile, onde o sismo mais violento alguma vez registado na Terra (9,5 de magnitude) provocou a elevação do fundo do mar de um dos blocos da falha em cerca de 20 metros.
No sismo do Japão, a ruptura da crosta que começou a cerca de 20 a 30 quilómetros de profundidade rapidamente se propagou em todas as direcções ao longo da fronteira de placas. E, quando essa ruptura subterrânea chegou até à superfície da crosta, deformou o fundo do mar e provocou uma elevação do solo marinho que excedeu os 50 metros, desencadeando o catastrófico tsunami que se abateu nas costas do Japão. Cerca de 19.000 pessoas morreram no terramoto. Nalgumas zonas, a onda do tsunami atingiu os dez metros de altura."
Argilas do coração do sismoVasculhados pelos cientistas, esses preciosos materiais e rochas vindos do coração do quarto maior sismo de sempre ajudaram a chegar a, pelo menos, duas razões principais para um deslocamento vertical tão grande entre os blocos de uma falha. E, em última análise, por que teve o tsunami aquela violência.
Primeira razão: o intervalo entre os dois blocos da falha geológica, que é uma fenda e uma zona de deformação na crosta terrestre, e neste caso também uma fronteira entre placas, é muito pequeno, ou seja, o espaçamento entre os dois lados da falha é pouco espesso. Tem menos de cinco metros.
Mas por que é que a estreiteza da falha teve aqui importância? Porque há menos espaço para dissipar a energia produzida pelo sismo do que se esse intervalo fosse maior. Com mais espaço entre os dois lados da falha (ou, neste caso, das próprias placas tectónicas), o desnível seria mais pequeno. “Mostra como a falha era muito pouco resistente”, responde ao PÚBLICO uma das autoras da investigação, Emily Brodsky, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz. E, se esses materiais são escorregadios, ainda pior. “Materiais deslizantes concentrados numa zona muito estreita oferecem pouca resistência, enquanto materiais resistentes distribuem o movimento por uma área maior”, acrescenta Emily Brodsky.
17 de janeiro (6ª feira), às 14:30 h, realizada nas escolas;participarão todos os alunos inscritos nas escolas.
2ª Eliminatória (semifinal):
02 de abril (4ª feira) às 14:30 h, realizada nas escolas
participarão os alunos que tenham obtido melhor classificação na 1ª eliminatória (aprox. 20%)
3ª Eliminatória (final):
17 de maio (sábado) às 10:00 h, realizada em Lisboa (local a confirmar)
Para a categoria Sénior, os conteúdos para a 1ª eliminatória são os seguintes:
Biologia e Geologia – 10º Ano
Tema 0
Biodiversidade na biosfera
1.A biosfera
1.1Diversidade
1.2Organização
1.3 Extinção e conservação
2. A célula
2.1. Unidade estrutural e funcional
2.2. Constituintes básicos
Biologia e Geologia 11º Ano
1º Período
Unidade V
Crescimento e renovação celular
1. Crescimento e renovação celular:
1.1- DNA e síntese proteica
1.2- Mitose
2. Crescimento e diferenciação de tecidos vs diferenciação celular
Unidade VI
Reprodução
1. Reprodução assexuada:
1.1. Estratégias reprodutoras.
2. Reprodução sexuada:
2.1. Meiose e fecundação.
2.2. Reprodução sexuada e variabilidade
3. Ciclos de vida: unidade e diversidade.
UNIDADE VII
Evolução Biológica
1.- Unicelularidade e multicelularidade.
2.- Mecanismos de evolução
2.1- Evolucionismo vs fixismo
2.2- Seleção natural, seleção artificial e variabilidade
Biologia 12º ano
U1- Reprodução Humana
Estrutura e morfologia das gónadas.
·Gametogénese.
·Controle hormonal.
·Desenvolvimento Embrionário.
·Manipulação da Fertilidade. DSTs
u2- Património Genético
·Princípios. Mono e dihibridismo.
·Codominância. Dominância incompleta.
·Teoria cromossómica da hereditariedade. Linkage (crossing-over).
·H. ligada ao sexo. Daltonismo, Hemofilia. H. Humana: alelos múltiplos. H. autossómica. Regulação (operão lac e operão triptofano). Mutações. Tecnologia e Vida. Fundamentos de Engenharia genética.
"Micorrizas - um bom negócio entre plantas e fungos"
"As micorrizas são associações simbióticas entre plantas e fungos em que todos ganham: as plantas melhoram a sua nutrição mineral, absorção de água e resistência a agentes patogénicos e os fungos, por sua vez, adquirem uma fonte de açúcares constante.
A natureza é feita de associações, casamentos perfeitos entre indíviduos semelhantes ou mesmo de reinos totalmente diferentes em que ambos os organismos envolvidos tiram algum proveito da união. As micorrizas são disso exemplo! São, como o próprio nome indica, relações simbióticas entre fungos (myco) e plantas (riza = raiz).
O termo simbiose pode ser definido como uma associação intíma entre dois ou mais organismos vivos, com a qual de algum modo todos eles beneficiam. No caso das micorrizas, os parceiros desta associação são fungos que habitam no solo e raízes, ou outro orgão subterrâneo, da maioria das plantas. Mais de 70% das plantas vasculares são micorrizadas (Angiospérmicas – plantas que produzem flores e cujas sementes se formam em frutos fechados, e Gimnospérmicas – plantas em que as sementes se formam em cones nus, por exemplo os pinheiros), assim como muitos Pteridófitos (fetos) e alguns Briófitos (musgos).
Na maioria das vezes, as associações micorrízicas são mutualistas pois o fungo ganha a sua fonte de açúcares a partir da planta e esta obtém água e sais minerais do solo através das hifas do fungo (figura ). Em situações de stress e competição, em que os nutrientes do solo são limitados, as plantas são, por norma, micorrizadas."
"A falta de pêlos radiculares e a abundância de manto de fungo em redor das raízes significa que todos os minerais que entram na planta terão de ser canalizados pelo fungo. Em contrapartida, o fungo recebe pelo menos parte do seu carbono orgânico a partir da planta. As principais vantagens das ectomicorrizas são melhorar a nutrição da árvore, facilitando a absorção de elementos minerais como o azoto, o potássio e sobretudo dos elementos pouco móveis no solo, como o fósforo; conferir resistência a solos calcários e tolerância a metais pesados; melhorar a absorção de água; estimular o crescimento do sistema radicular através da produção de hormonas de crescimento; e proteger as raízes contra agentes patogéneos do solo. Esta protecção contra agentes patogéneos ocorre a vários níveis: o manto constitui uma barreira física à invasão dos patogéneos, há uma maior competição pelo espaço e nutrientes na rizosfera e estabelece-se um antagonismo químico por produção de substâncias antibióticas, indução da produção de substâncias inibidoras e produção de metabolitos que inibem germinação de esporos de fungos patogéneos."
"A Revista de Ciência Elementar (RCE) é mais um passo no crescimento e sustentabilidade deste projeto da Fundação Calouste Gulbenkian, a Casa das Ciências – Portal Gulbenkian para Professores, com o mesmo objectivo de sempre ou seja, contribuir para a melhoria da qualidade do ensino das Ciências em Língua Portuguesa.
Dirigida a professores e alunos, bem como ao público em geral, esta revista recupera, por um lado, os contributos que os diferentes componentes do portal têm vindo a recolher ao longo dos últimos anos e, por outro lado, publica os melhores artigos que entretanto nos forem chegando, destinados fundamentalmente a clarificar, esclarecer e desenvolver conceitos de Ciência Elementar, sobretudo os que se encontram diretamente associados aos programas do Ensino Básico e Secundário."
"Sabia que..." Se todos os cromossomas humanos fossem unidos e esticados, mediriam quase dois metros?
O genoma mais longo
"Crê-se que uma flor branca de aspeto vulgar, a Paris japonica, tenha o genoma mais longo conhecido entre os eucariotas, com150 mil milhões de pares de bases - 50 vezes mais ADN que o genoma humano. Se fosse esticado , mediria mais de 91 metros!"
"Os genes condicionam quem somos. São a unidade básica da hereditariedade, cada um contendo um conjunto de instruções codificado para produzir determinadas proteínas..." (pág. 015 Revista QUERO SABER nº38 novembro 2013 )
(veio a propósito dos seres Autotróficos (fotossintéticos e quimiossintéticos) e dos Quimioheterotróficos (Quimioeterotróficos ou Quimio-heterotróficos?)
O processo pelo qual o nitrogénio ou azoto circula através das plantas e do solo pela ação de organismos vivos é conhecido como ciclo do nitrogénio ou ciclo do azoto. O ciclo do nitrogênio é um dos ciclos mais importantes nos ecossistemas terrestres. O nitrogênio é usado pelos seres vivos para a produção de moléculas complexas necessárias ao seu desenvolvimento tais como aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos.
O principal repositório de nitrogênio é a atmosfera (78% desta é composta por nitrogênio) onde se encontra sob a forma de gás (N2). Outros repositórios consistem em matéria orgânica nos solos e oceanos. Apesar de extremamente abundante na atmosfera o nitrogênio é frequentemente o nutriente limitante do crescimento das plantas. Isto acontece porque as plantas apenas conseguem usar o nitrogênio sob três formas sólidas: ião de amônio (NH4+), ião de nitrito (NO2-) e ião de nitrato (NO3-), cuja existência não é tão abundante. Estes compostos são obtidos através de vários processos tais como a fixação e nitrificação. A maioria das plantas obtém o nitrogênio necessário ao seu crescimento através do nitrato, uma vez que o íon de amônio lhes é tóxico em grandes concentrações. Os animais recebem o nitrogênio que necessitam através das plantas e de outra matéria orgânica, tal como outros animais (vivos ou mortos). continua aqui
Melanina é a denominação genérica de uma classe de compostos poliméricos derivados da tirosina, existente nos reinos Animal, Planta e Protista e cuja principal função é a pigmentação e proteção contra a radiação solar. É a melanina que, por exemplo, confere pigmentação à pele, aos olhos e aos cabelos dos mamíferos.
A síntese de melanina é teoricamente explicada pela presença de uma enzima - tirosinase - concentrada no aparelho de Golgi dos melanócitos. O pigmento é originado a partir da polimerização do aminoácidotirosina por intermédio da ação da tirosinase, a qual passa de aminoácido incolor a um pigmento castanho. A tirosina polimerizada deposita-se em vesículas denominadas melanossomas, as quais se deslocam pelos prolongamentos citoplasmáticos dos melanócitos, sendo transferidos para os queratinócitos através de um processo de secreção. http://pt.wikipedia.org/wiki/Melanina
"A borboleta-azul é uma espécie frágil e com baixa tolerância a variações no ecossistema. Com um ciclo de vida único, precisa de condições ecológicas específicas para se reproduzir."
Dos trabalhos da turma 10º1ª relativos aos marcadores subordinados ao tema "Espécies em risco em Portugal" a oferecer hoje à BIBLIOZARCO, destaca-se este sobre a Borboleta Azul.
Parabéns João!
Borboleta Azul - Maculinea alcon
"A Flor, a formiga e a borboleta ameaçada"
A borboleta azul de montanha, é uma borboleta ameaçada
Em Portugal, a Maculinea alcon, a borboleta azul de montanha, é uma borboleta ameaçada. Ela vive numa relação de equilíbrio complexo com uma espécie de formiga, uma planta e o Homem. Em toda a Europa é uma borboleta muito ameaçada. É no norte de Portugal, nas Serras do Alvão e do Marão, que ainda podemos ter o prazer de observar populações viáveis desta pequena borboleta.
Uma importante população de M. alcon sobrevive ainda em Lamas de Olo no Parque Natural do Alvão. Aqui se filmou todo o seu ciclo de vida, desde o ”enganar” as formigas, que guardam e alimentam as suas lagartas durante o Inverno,... ao acasalamento e postura de ovos. O documentário acompanha também o trabalho e o esforço de Ernestino Maravalhas para estudar e perceber estas estranhas relações ecológicas que passam despercebidas à maioria das pessoas. Um documentário onde a ciência e a vida desta maravilhosa borboleta se cruzam com aqueles que a rodeiam, a estudam, a ignoram, sempre com a perspetiva do que poderemos fazer por esta pequena borboleta azul.